SIRIGU: o italiano enche bem a baliza e preocupa-se mais com a eficácia do que com o estilo. Rápido a sair dos postes e racional entre os mesmos, escolhe sempre o caminho mais perto para a bola, mesmo que implique ações menos ortodoxas.

VAN DER WIEL: começou a época no banco, mas a sua profundidade numa equipa com vários avançados para alimentar tem-lhe dado a preferência nos últimos jogos. A velocidade ajuda-o a resolver alguns erros de posicionamento a defender.

MARQUINHOS: foi comprado para fazer dupla com o compatriota Thiago Silva. Muito concentrado e disponível, peca por alguma falta de agressividade, espelho da juventude. É uma arma nas bolas parada. Grande promessa.

THIAGO SILVA: grande baixa para os dois jogos. Patrão da defesa, a sua presença sente-se, porque não é raro o ataque começar nos seus pés, com lançamentos para a frente. Excelente no «tackle», é muito difícil de passar no um-para-um. Muito forte no jogo aéreo.

MAXWELL: extremamente influente. O PSG provoca muitos desequilíbrios através das suas subidas pelo flanco e até de algumas diagonais até à área. Cruza bastante bem.

MOTTA: o mais experiente dos médios. É o primeiro organizador e, com um bom pé esquerdo, está encarregado das bolas paradas do lado direito. Não é muito posicional, sendo apanhado por vezes fora dos terrenos que deve pisar um «6».

VERRATTI: talentoso, é o mais objetivo na hora de lançar a ofensiva. Se Motta procura organizar em ataque continuado, o italiano encontra roturas com lançamentos para as costas dos defesas.

MATUIDI: muito parecido com Ramires, ex-Benfica. Um box-to-box, que pressiona alto, dobra companheiros e ainda tem pulmão para chegar rápido na área rival. Tem ordem para subir.

CAVANI: começa na direita, mas só tem olhos para a baliza. Remata fácil e forte com os dois pés, e é muito bom pelo ar. Aproveita diagonais, nas costas de Ibra, para andar perto do golo. Perigo à solta.

IBRAHIMOVIC: tudo mexe à volta dele. Avançado completo, deslumbra-se por vezes com o próprio talento. É tanto finalizador como criador de golos, tornando-se porto de abrigo quando é preciso queimar etapas, jogando mais direto. Atlético e explosivo, não raras vezes sai de uma receção para um remate do meio da rua.

LAVEZZI: tal como Verratti, o argentino beneficiou do fim do 4x4x2 e da aposta no 4x3x3. Menos desgarrado que Lucas (mais jogador de equipa), liberta o flanco para Maxwell com movimentações mais interiores, e tem a mesma apetência que o brasileiro para rematar de longe ou driblar.

OUTRAS OPÇÕES: CAMARA não é Thiago ou Marquinhos. É intenso, mas não pisa da mesma forma. O veterano entrou frente ao Mónaco e deixou que Falcao marcasse, mas no resto do tempo cumpriu. ALEX é mais físico e também experiente, mas vem de lesão. Um deles substituirá o capitão. Há ainda PASTORE e LUCAS, futebolistas de classe mundial. O argentino acrescenta qualidade de passe, o brasileiro é veloz e remata e dribla com facilidade,. MENEZ, operado no Verão, é outro nome para o ataque, tal como os miúdos RABIOT e ONGENDA, cujo talento ainda carece de afirmação. JALLET começou a época a titular, mas não é tão ofensivo quanto Van der Wiel; na esquerda DIGNE só jogará quando MAXWELL não puder.