«Inventar uma história para agradar aos adeptos, mas que a ele lhe digo que o Cristiano pode jogar?», disse ao Maisfutebol de forma indignada Carlos Queirós, em jeito de resumo da primeira parte da resposta ao seleccionador de Portugal (a do tema Cristiano Ronaldo-Manchester United) [ver artigo relacionado]. Depois, o técnico passou à segunda parte da resposta às declarações de Scolari a seu respeito após o jogo com o Cazaquistão: que Queirós ambicionava ser seleccionador no futuro.
«Quando estou em Portugal defendo os interesses do clube onde estou a trabalhar. Dizer que cada vez que vou ver um jogo estou a ambicionar o lugar do treinador é ridículo. É difícil responder a isso sem perder a elevação e não quero fazê-lo», afirmou Carlos Queirós deixando nova questão: «O Scolari, quando vai ao estádio do Benfica, também está a candidatar-se ao lugar do treinador?»
«Não sabia que precisava de lhe pedir a autorização», disse deixando um «conselho»: «Ele que preste mais atenção aos que hoje lhe lambem as botas, porque eu não sou pessoa de subserviências.» «Parece que tem um ódiozinho de estimação com os portugueses: primeiro foi com o [José] Mourinho, depois com o Agostinho [Oliveira], agora toca-me a mim. Se quer, em Portugal, fazer anedotas de português que escolha outra porta», sentenciou o técnico adjunto de Alex Ferguson no Manchester.
Queirós incitou Scolari a ser «mais respeitador e solidário com os outros» frisando que «um técnico de clube trabalha 300 dias num ano com um jogador para que ele [Scolari] possa tê-lo em 20 dias para conseguir o que todos [os adeptos da Selecção] desejam».
O técnico português não deixa assim de referir a «relação institucional» entre o Manchester e a FPF em que «os seus executivos têm de trabalhar no sentido de preservar o respeito de ambos e que «quem estiver fora da linha tem de ser chamado à atenção». Queirós garante «as melhores relações com o futebol português» por parte de um Manchester United que «tem todo o orgulho em que os seus jogadores representem bem as suas selecções nacionais».