Carlos Queiroz não vai poupar jogadores, até porque antes de pensar na partida dos oitavos-de-final há que «fazer pontos para passar à próxima fase», porque a «qualificação ainda não está garantida». No entanto, o seleccionador nacional admite que poderá «ter de fazer algumas adaptações, porque a equipa do Brasil não é igual à Coreia do Norte».

Cristiano Ronaldo, que viu um cartão amarelo frente à Costa do Marfim, corre o risco de ficar de fora da próxima partida. Queiroz garantiu que não existirão instruções no sentido de este mudar o seu estilo de jogo. O jogador do Real Madrid não terá de sentir-se condicionado: «Não tem de existir nenhuma recomendação. O Cristiano tem de fazer o seu futebol e jogar como quando viu o cartão. Não posso dizer aos meus jogadores como jogar. As arbitragens têm de ser mais eficientes e, se houver algum lapso, deve existir forma de corrigi-lo.»

Se decidir mexer na equipa, o seleccionador de Portugal garante que só o fará por estratégia, e nunca para poupar jogadores, ou para evitar suspensões: «Temos de jogar com os olhos postos no grande objectivo da primeira fase, que é a qualificação. O Brasil não está nessa posição, e pode tomar opções de acordo com outros fundamentos. Portugal tem de pensar no apuramento.»

Kaká é baixa certa para o Portugal-Brasil, depois de ter sido expulso no encontro com os marfinenses. Carlos Queiroz disse que a preocupação agora será perceber quem poderá completar o ataque do adversário: «Se passarmos em revista os jogos do Brasil, vem logo à cabeça o trio composto por Robinho, Fabiano e Kaká. Agora a dúvida é quem vai juntar-se aos outros dois jogadores.»

O relvado do Moses Mabhida está em mau estado, e por isso nenhuma das selecções fez o habitual treino de adaptação ao palco do jogo, mas Queiroz espera que o espectáculo não seja prejudicado: «Espero que esteja bom, para corresponder à expectativa dos adeptos do mundo inteiro. Pelo que sei, foi o jogo da primeira fase com maior procura.»