Na sala de imprensa da Luz, Quique Flores não gostou de uma pergunta que procurava determinar o responsável pela derrota frente ao V. Guimarães:
«Estou sempre à frente da equipa, e não me escondo. Mas não me faço o único responsável pelas derrotas, como também não me faço responsável pelas vitórias. Gostava que o futebol se discutisse com outra profundidade, que fosse para além do último jogo, ou do último resultado. Eu não posso ver o futebol na mesma perspectiva de vocês, embora a compreenda», sublinhou.
O técnico do Benfica reconheceu que o título pode tornar-se um possibilidade mais distante a partir desta derrota: «Evidentemente, se falarmos de uma vitória do F.C. Porto amanhã, a diferença aumenta e falta menos uma jornada. Para já, continuamos a dois e faltam disputar 24. Mas gostava que se lembrassem, porque a memória por vezes é curta, que era mais difícil recuperar diferenças de 15 ou 25 pontos entre equipas não estavam ao mesmo nível, era uma diferença estratosférica. E agora, com o esforço de todos, estamos na discussão do título e na final de outra competição, com uma ilusión que há pouco tempo não era possível.»
Quique Flores garantiu também que vai passar uma mensagem positiva deste jogo na abordagem da próxima semana de trabalho:
«Vou tentar isolar os jogadores, e fazer com que não se deixem envolver pelo pessimismo, após uma derrota num jogo que mereceram ganhar. Vou lembrar-lhes que houve muitas coisas que fizeram bem neste jogo e fazer com que encarem o próximo como uma final. E as finais existem para ser ganhas, ninguém se lembra dos vice-campeões.»

Logo após o fim do jogo, Quique Flores não gostou de uma pergunta relacionada com a substituição de Cardozo. Na sala de imprensa, o técnico esclareceu a situação e explicou a opção tomada:
«O problema com essa pergunta foi que partiu de um pressuposto errado. Perguntaram-me como explicava a saída de Cardozo numa altura em que o público estava do seu lado. Ora eu também tenho ouvidos e sei que o público não estava com Cardozo no momento em que saiu. Mas isso é secundário, porque não guio as substituições pelas reacções do público. Quando tiramos um jogador é porque pensamos que já deu tudo ou não nos pode dar mais. E Cardozo era uma referência mais estática, mais confortável para os centrais do V. Guimarães, enquanto Nuno Gomes nos daria mais mobilidade, aumentando os problemas à organização defensiva.»