O râguebi é uma modalidade que, apesar de ainda ser pouco desenvolvida em Portugal, tem cada vez mais adeptos. Em vésperas de defrontar as Ilhas Fiji, um gigante da modalidade ¿ quer em Sevens (sete jogadores apenas), onde são campeões mundiais, quer em râguebi de 15, onde ocupam o 9º lugar do ranking ¿, a ansiedade é muita, mas a esperança de vencer é maior, como explicou o seleccionador nacional.
«É um grande jogo entre o expoente máximo do râguebi profissional e o expoente máximo do râguebi amador», começou por dizer Tomás Morais. «Os jogadores e todos nós em geral estamos muito motivados para jogar com a Ilhas Fiji. Vamos trabalhar em todas as bolas para criarmos dificuldades às Ilhas Fiji. Vamos para jogar exactamente o râguebi que sabemos. Não vamos alterar nem numa vírgula o nosso sistema de jogo. Vamos placar muito e lutar por um grande resultado, agora qual será logo se vê. A nossa obrigação é somente fazer um grande jogo e quem sabe pregar um grande susto às Ilhas Fiji», prosseguiu.
O treinador lembrou que a equipa nacional tem feito uma campanha brilhante nos últimos tempos e que não é por acaso que é campeã europeia de Sevens. «Estamos na 15ª posição do ranking mundial, a mais elevada de sempre até hoje. Estamos muito contentes e orgulhosos por sermos a única equipa não profissional dentro das 20 primeiras. Todas elas já participaram em campeonatos do mundo, excepto a nossa», revelou ao Maisfutebol.
Como os resultados não deixam dúvidas, a qualidade dos jogadores nacionais está à vista. «Estas duas vitórias [Chile e Uruguai] provam que temos boa equipa. Nomeadamente contra o Uruguai, o que aconteceu pela primeira vez na história, que é uma formação que joga muito duro, mesmo no limiar da violência», referiu o seleccionador.
Sobre a possibilidade de Portugal poder participar pela primeira vez no Mundial de 2007, Tomás Morais foi peremptório: «Ir ao Mundial não vai depender só de nós, mas penso que podemos ir. Estamos a fazer um esforço sobrenatural para conseguirmos treinar e competir ao nível destas equipas [Ilhas Fiji]. Para irmos ao Mundial precisamos de estar mais tempo juntos e de ter mais jogos a este nível. Também precisamos de ter sorte, porque se alguns dos jogadores se lesionarem vamos ter dificuldades para os substituir.»
A partida de sábado insere-se numa iniciativa da Federação Internacional de Râguebi de desenvolver a modalidade em países onde se tem verificado uma maior ascensão, como é o caso de Portugal.