Raul Meireles nasceu no Porto, cidade onde sempre jogou, faz hoje precisamente 26 anos (17 de Março 1983). O número 16 dos tricampeões nacionais está de parabéns. E não é só pelo aniversário.
Meireles formou-se no Boavista, mas despontou no Desportivo das Aves, clube onde se estreou como profissional, ainda com idade de júnior, e fez toda a época 2001/2002. Em 2003 regressou ao Bessa para se impor e comandar o meio campo axadrezado. Aos 21 anos realizou 29 jogos na Superliga e chamou a atenção do vencedor da Taça UEFA e entretanto campeão europeu, F.C. Porto.
Ao longo deste percurso foi presença assídua nas convocatórias das selecções jovens, tendo vencido o Campeonato da Europa de sub-16 em 2000 e feito parte da Selecção sub-21 que terminou o Campeonato da Europa do escalão em terceiro lugar e por isso atingiu os Jogos Olímpicos de Atenas (2004).
A entrada no F.C. Porto não foi fácil para Raul. Apanhou o clube numa fase de transição (três treinadores numa época¿) e foi disputando o lugar com concorrência forte. Esteve para sair por empréstimo, mas com Adriaanse conseguiu um lugar no meio campo de três elementos. A partir daí foi sempre a somar. Não é de estranhar que a titularidade na selecção principal tenha entrado nos seus horizontes e no seu currículo.
Seja pelos passes seguros, pelas aberturas milimétricas, pela entrega em campo, pelo remate forte, há quem diga, no universo azul e branco e fora dele, que Raul Meireles não sabe jogar mal, mesmo que esteja um pouco mais apagado em determinada partida. Jesualdo conta com o número 16 sempre que ele está disponível: esta época, contanto apenas Liga e Liga dos Campeões, o médio leva 2436 minutos nas pernas e três golos apontados.
É verdade que Meireles é dos jogadores portistas com maior pontaria aos ferros, se não estaríamos a falar de outros números, nem por isso surpreendentes tendo em conta o pontapé-canhão de um dos jogadores aparentemente mais frágeis que se podem encontrar no campeonato português. Meireles mede 1,79 cm e pesa 70 kg. É quase um peso-pluma.
Apesar de franzino, mostra em campo uma força extraordinária, que aplica em cada lance. Sai de campo exausto, o que pode ajudar a explicar o facto de o 16 ser o jogador mais vezes substituído nos azuis e brancos, quase sempre por volta da hora de jogo.
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