Os jogadores do Atlético de Madrid mostram-se confiantes em «abrir uma página de história» na final da Liga dos Campeões de 28 de maio, focando a preparação do embate frente ao Real Madrid no contra-ataque merengue.

«Esperamos um Real Madrid na linha do que faz na Champions, tentando surpreender no contra-golpe. Vamos pressionar e tentar que o adversário não jogue, aproveitando também os poucos espaços que o Real nos conceda», explicou o capitão Diego Godín.

A uma semana da reedição da final de Lisboa, em 2014, grande parte do plantel colchonero falou à imprensa, no dia aberto à comunicação social.

Antoine Griezmann, o francês que tem sido figura maior da temporada do Atlético, com 32 golos apontados, rejeitou a pressão do jogo, mas reconheceu o peso que a final da Liga dos Campeões tem no descanso dos jogadores.

«Não mudo os meus costumes, tento aprender e desfrutar do tempo que estou no relvado. Quando estás a tentar adormecer, é impossível não imaginar jogadas da partida. Acontece nos grandes jogos, mas quando acordo sobra a vontade de treinar para estar pronto», disse Griezmann, recentemente convocado para o Euro2016, por Didier Deschamps, e incluído pelo técnico argentino Diego Simeone nos candidatos à Bola de Ouro.

O esloveno Jan Oblak vincou a necessidade de esforço coletivo e de atenção a todo o onze madrileno.

«Temos de os parar a todos. Sabemos que vai ser difícil. Certamente que vamos dar tudo o que temos e, no final, esperamos que seja suficiente. É importante manter a baliza a zeros. Assim só temos de marcar um golo, tal como temos conseguido em vários jogos», referiu o ex-guarda-redes do Benfica.

Por outro lado, o médio argentino Augusto Fernández, titular durante a temporada na ausência do português Tiago, afastado por lesão, destacou o trio ofensivo composto pelo francês Karim Benzema, o galês Gareth Bale e o português Cristiano Ronaldo.

«São jogadores muito verticais, muito potentes e que aproveitam quando têm muito espaço», sublinhou.

A concluir, Koke referiu o «maior equilíbrio» proporcionado pelo brasileiro ex-FC Porto Casemiro, e Godín deu o mote para a desforra de 2014, jogo em que marcou o golo, infrutífero pelo empate de Sergio Ramos, aos 90+3, ponto de viragem para um prolongamento em que o Real fez três golos para conquistar a 10.ª Liga dos Campeões.

«Depois dessa final, eu e todos os meus companheiros sonhamos jogar outra. Temos a ambição, confiança e humildade de sempre, numa oportunidade para abrir uma grande página da história do Atlético de Madrid».