Sá Pinto fez este sábado a antevisão da deslocação à Marinha Grande, para jogar com a U. Leiria, num jogo que significa o reencontro com o grande amigo José Dominguez. Os dois antigos jogadores do Sporting defrontaram-se já esta época na categoria de juniores e nessa altura não saíram do empate em Alcochete (0-0).

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Para a U. Leiria, acabou por ser um grande resultado: roubou pontos ao candidato ao título. Sá Pinto não esquece esse jogo e não é meigo com o amigo. «Estou à espera de outro autocarro», garantiu este sábado o treinador leonino, em tom de brincadeira. «Ele próprio utilizou essa expressão do autocarro», acrescentou.

A diferença, acrescenta Sá Pinto, é que desta vez não vai ser apanhado desprevenido. «Estou à espera de uma U. Leiria com um bloco baixo à espera de um erro nosso para poder contra-atacar. Mas estamos preparados para esse tipo de jogo. Eles próprios dizem que vão estar compactos.»

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Sá Pinto, de resto, não esconde uma emoção especial por reencontrar a U. Leiria, clube onde começou a carreira de treinador, como adjunto de Pedro Caixinha. «Iniciei a minha carreira como treinador na U. Leiria, onde fui muito acarinhado, bem recebido, e apoiado por todos», disse.

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«Fui apoiados pelos diversos departamentos do clube e pelos jogadores,. Tivemos um grupo de jogadores enormes, que passaram por dificuldades financeiras. Alguns deles ainda lá estão. Ajudaram-me a obter um resultado positivo que era a manutenção na Liga», lembra o treinador.

«Não consigo ser indiferente a isso. Por outro lado, tenho três grandes amigos na equipa técnica não só o Zé Dominguez, mas também o Oceano e o Vasco. Tenho pena que estejam nesta posição classificativa, mas ainda faltam muitos jogos para eles poderem sair da posição em que estão.»

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O facto de conhecer bem a U. Leiria, José Dominguez e alguns dos jogadores, é uma vantagem clara para Sá Pinto. «Ajuda. O conhecimento em alta competição a este nível é fundamental para que possamos chegar ao sucesso. Ter o conhecimento das caraterísticas daqueles que estiveram comigo há dois anos é para mim uma mais-valia. Não sei se vão jogar de início e com que dinâmica. Tirando os noventa minutos em que vamos estar em confronto, quero o melhor para eles em termos de carreira», comentou.

Posto isto, o treinador quer a amizade é esquecida quando a bola começa a rolar: as duas equipas têm objetivos importantes a conquistar. «Vamos ser rivais durante 90 minutos. A União vai querer ganhar, eu também. É o nosso mundo do futebol. Amigos que vão estar de um lado e do outro.»