O FC Porto comprou mais 7,5 por cento do passe de Aboubakar em agosto, ao Lorient, por 1,025 milhões de euros. A informação consta do Relatório e Contas consolidado do primeiro semestre de 2015/16 que a SAD portista comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Recorde-se que o FC Porto tinha comprado na época passada 30% do passe por 3 milhões. Detém agora 37,5 por cento do passe do avançado, tendo pago um total de mais de quatro milhões de euros.

No relatório, a SAD apresenta um prejuízo de 17,6 milhões de euros e explica que, «contribuindo negativamente para o resultado» estão as «amortizações e perdas por imparidade com passes de jogadores, que registaram um valor de 15.982 milhões euros, que representam um aumento de 1.287 milhões relativamente ao período anterior». Este valor, segundo o relatório, «reflete o investimento realizado na aquisição de direitos desportivos».

«Positivamente, os proveitos com transações de passes de jogadores, que incluem transferências definitivas, empréstimos e outras receitas, como direitos de solidariedade relativos a jogadores que fizeram parte da sua formação no FC Porto, ascenderam aos 36.146 milhões». Só as transações de passes ascendem aos 26 milhões, o que representa um acréscimo de 2.637 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior.

As vendas foram feitas, mas o dinheiro não chega logo. A SAD portista ainda tem um total de 43,6 milhões de euros a receber, que resultam, essencialmente, das transferências de Alex Sandro, Danilo, Celestin Djim, Carlos Eduardo, Brahimi, Rolando e Souza. O valor mais elevado é a dívida de 14,4 milhões da Juventus.

O relatório informa ainda o custo de aproximadamente 660 mil euros que o FC Porto teve de pagar ao Sporting pela transferência de João Moutinho.

Apesar de já não ter os direitos desportivos de alguns jogadores, o FC Porto continua a ter uma parte dos direitos financeiros dos seguintes atletas:

SAD pagou 4 milhões pelo Porto Canal e falta de patrocinador deixou mossa

O relatório informa ainda que direitos de transmissão televisiva subiram 652 mil euros em relação ao mesmo período do ano anterior, o que em parte se deve rendimentos progressivos garantidos pelo contrato entre a SAD e a PPTV para a cedência dos direitos de transmissão televisiva dos jogos do campeonato nacional, na condição de visitado. E também às receitas do Porto Canal, empresa que a SAD detém agora quase na totalidade e pela qual pagou 4 milhões de euros.

Já as receitas de publicidade e sponsorização caíram mais de 1 milhão de euros, sobretudo pelo facto do equipamento oficial do FC Porto não ter tido patrocinador principal.