O Maisfutebol esteve no jogo de Gastão Elias contra Steve Johnson. Viu o português a apresentar uma qualidade de jogo excelente e a falar, sobretudo, na incapacidade de responder ao potente serviço do norte-americano.

Gastão esteve forte nos pontos corridos e serviu bem. Fez vários ases, deixou Johnson em branco regularmente mas… cedeu em duas situações. «Em dois jogos de serviço cometi erros. A este nível não pode acontecer e em 30 segundos perdi tudo».

Em alguns períodos, Gastão ficou desesperado. Estava a fazer praticamente tudo bem e Johnson não quebrava. «Não vi um buraco por onde passar. Ele não me deu uma única oportunidade de quebra. Não passei dos 30 o jogo inteiro nos serviços dele», lamentou.

A consequência foi óbvia. No seu serviço, Gastão passou a ser muito pressionado. «Sabia que ao mínimo erro seria penalizado. Tive um jogo no primeiro set com 40/15 favorável e perdi. E no segundo set mais um jogo assim. Ele esteve muito perto da perfeição a servir».

Na antevisão, Gastão identificara a esquerda de Steve Johnson como menos mortal do que a direita. Tentou explorá-la, naturalmente, mas o americano defendeu-se sempre bem com pancadas cortadas, em <i>slice</i>.

«Não joguei para ali a saber que ele ia falhar. Isso não acontece. É verdade que a esquerda dele é menos boa do que a direita. Pelo menos não ataca por aí e tentei jogar para lá».

Gastão sai do Rio de Janeiro muito perto de ascender ao Top-60 mundial e satisfeito com a experiência olímpica. Afinal de contas, sublinha, foi o primeiro português a ganhar um jogo de ténis em Olimpíadas.  

«O João Sousa também ganhou mas já depois de mim», brincou.

O nosso jornal pergunta a Gastão Elias quais os objetivos até final do ano. Sempre bem disposto, o jogador do Lourinhã responde com uma gargalhada.

« Ser campeão do US Open (risos). Esse é um bom objetivo. Mais a sério, não penso no ranking. Quero continuar a evoluir. Eu e o meu treinador trabalhamos bem todos os dias. Por agora só quero jogar torneios ATP e fazer bons resultados».