* Enviado-especial do Maisfutebol aos Jogos Olímpicos
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«MAR-COOSS, MAR-COOSS!». Não foi por falta de apoio que Marcos Freitas falhou o acesso às meias finais do torneio olímpico de ténis de mesa. O esquerdino conquistou a turba brasileira, teve momentos de boa qualidade, mas cedeu de forma estranhamente frágil em três dos seis sets disputados contra Jun Mizutani.

Marcos, aliás, é o primeiro a reconhecer que o oponente nipónico está «ao alcance» e que só uma noite com mais erros do que o habitual o afastou da luta pelas medalhas.

«Ele hoje esteve muito bem, mas já dei a volta a situações piores. O Jun estava muito rápido e taticamente leu bem o jogo», disse Marcos Freitas na zona mista do pavilhão Rio Centro 3.

O madeirense fez história ao ser o primeiro português a chegar aos quartos de final de uns Jogos Olímpicos, mas o que desejava mesmo era uma medalha.

«Era perfeitamente possível e alcançável. Estou desiludido por isso. Vou rever o jogo e perceber onde errei», resumiu Marcos Freitas, apostado a partir deste momento numa «grande participação na vertente de seleções».

«Dia 13 atacamos a competição por equipas e apanhamos logo a campeã da Europa. Se vencermos esse jogo, acho que podemos chegar muito longe».

Impossível era não falar da ilha da Madeira. Marcos Freitas é de Câmara de Lobos e está muito afetado com as imagens dos terríveis incêndios que ameaçam, inclusivamente, o Funchal.

«Durante o jogo tentei não pensar nisso. Tenho falado com a minha família e amigos. Envio-lhes uma mensagem de apoio. Tinha sido bonito poder dedicar-lhes uma vitória hoje», concluiu o melhor mesatenista português, número 11 do ranking mundial.