* Enviado-especial do Maisfutebol aos Jogos Olímpicos
Siga o autor no Twitter


Não há Bird nem Magic, não há Drexler nem Ewing, não há Barkley nem Pippen. Jordan? Jordan há, mas não há O Jordan. Este, DeAndre, é um poste de 2,11 metros, conflituoso e potente. Nada a ver com Her Airness.

Chamar Dream Team à versão-2016 da seleção olímpica dos EUA é um pequeno pecado. Continuam a ser os melhores do mundo, vão muito provavelmente ganhar a medalha de ouro no Rio, mas falta a este coletivo aquela centelha que distingue os génios dos muito bons. 94-91 contra a Sérvia e o MVP da noite a ser o brilhante Milos Teodosic. Um craque!

Noite na NBA olímpica, o Maisfutebol bem perto, a mergulhar numa tentativa de aproximação da organização à mais bela liga do planeta.

Beastie Boys e Guns n’Roses para o aquecimento, hinos tocados e uma Sérvia aparentemente a ser servida para a degola, como se estivéssemos numa exibição dos Haarlem Globetrotters e os europeus tivessem de ser os coitados dos Washington Generals.

«Are you readyyyyyyy?», grita o speaker da Arena Carioca 1. «Here we go».

Carmelo 20 minutos em hibernação

Kevin Durant, Kyrie Irving, Paul George e DeMarcus Cousins. Quatro na equipa inicial, só. O nome de Carmelo Anthony está lá, mas a estrela dos New York Knicks não aparece. Um ponto anotado e erros atrás de erros até ao intervalo.

Facilidades aparentes, rapidamente 9-0 no marcador, um triplo de Paul George, um afundanço de Cousins e três lançamentos livres de Kevin Durant.

Os primeiros 11 pontos, de resto, são todos da NBA. Nikola Jokic (Denver Nuggets) é o primeiro a anotar para a equipa do leste europeu.

Os EUA chegam a um parcial de 23-5 e o selecionador Mike Krzyzewski segue no encalço das facilidades. Tira cinco, mete cinco e a Sérvia não aproveita, demora a reagir.

Em poucos segundos, dois alley-oop para os senhores da NBA: Klay Thompson para DeAndre Jordan, DeAndre Jordan para Raymond Green.

E depois, Sérvia. Muita Sérvia. Da NBA, de repente, nem as cheerleaders sobraram. Só uma mascote louca. Cool!

Ao intervalo: 50-41, segundo período ganho pelos europeus.

Can’t Touch This: MC Hammer não manda aqui

A perturbação dos EUA começa com o conflito entre Jordan e Raduljca. Mike Krzyzewski senta-o, entra Demar Derozan e a Sérvio passa a ter instantes brilhantes, aproveitando as demasiadas mexidas do outro lado.

Milos Teodosic, base e capitão, enche o campo, o pavilhão, o Parque Olímpico. Nikola Jokic, o tal dos Nuggets, acompanha-o com qualidade. A Sérvia aproxima-se e chega aos oito segundos finais a apenas três pontos.

As bancadas da Arena Carioca estão do seu lado, MC Hammer levanta-se da tumba artística com Can’t Touch This num Time Out americano e o pavilhão suspende a respiração.

Decide-se tudo aqui:

EUA:

Cinco inicial

. Kevin Durant: 12 pontos
. Kyrie Irving: 15 pontos
. DeMarcus Cousins: 5 pontos
. Paul George: 12 pontos
. Carmelo Anthony: 12 pontos

Suplentes:

. Jimmy Butler: 9 pontos
. DeAndre Jordan: 13 pontos
. Kyle Lowry: 2 pontos
. Harrison Barnes: não utilizado
. Demar Derozan: 11 pontos
. Klay Thompson: 3 pontos
. Draymond Green: 0 pontos

SÉRVIA:

Cinco inicial:

. Milos Teodosic: 18 pontos
. Bogdan Bogdanovic: 7 pontos
. Stefan Markovic: 12 pontos
. Stefan Bircevic: 0 pontos
. Miroslav Raduljca: 18 pontos

Suplentes:

. Marko Simonovic: 3 pontos
. Nikola Kalinic: 5 pontos
. Nemanja Neodovic: 3 pontos
. Nicola Jokic: 25 pontos
. Vladimir Stimac: 0 pontos
. Stefan Jovic: 0 pontos
. Milan Macvan: 0 pontos