Numa ânsia desmedida pela fuga imediata aos lugares mais próximos da linha de água, Arouca e Moreirense empataram a dois golos, num jogo que se pode dizer que teve uma parte para cada uma das equipas.

No arranque da partida, começaram por ser protagonistas os cónegos, com o trio de setas na frente de ataque a ameaçar agitar com a defensiva arouquense.

O Arouca foi procurando a resposta, pegando mais na bola, através das iniciativas de Artur ou Nuno Valente. Porém, a primeira real ocasião de perigo surgiu na baliza de Sinan Bolat, com o turco a travar de maneira sensacional um remate potente de Neto.

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O jogo foi sendo influenciado pelos fortes vento e chuva que assolaram a zona da Serra da Freita este domingo e também os jogadores pareceram sentir as condições climatéricas adversas, com Dramé a errar de forma clamorosa um passe, isolando Tomané, que correu um descampado até se encontrar no cara a cara com o georgiano Makaridze e atirar para o fundo das redes minhotas.

Estava inaugurado o marcador, num momento no qual o jogo atravessava uma fase mais morna e equilibrada.

Nos últimos cinco minutos do primeiro tempo, o Arouca, não satisfeito com a vantagem mínima, voltou à carga. Anderson Luís ameaçou de fora da área e, pouco depois, na sequência de um cruzamento com conta, peso e medida de Mateus, Crivellaro apareceu a desviar para o segundo da tarde.

O apito para o intervalo de Artur Soares Dias, logo de seguida, soava a música dos deuses para a equipa de Jorge Leitão.

O cenário aprazível para os donos da casa à saída para os balneários mudou de forma radical após o período de descanso. Petit decidiu lançar o veloz e experiente Sougou (para o lugar do ineficiente Bouba Saré) e o senegalês logo abanou com a partida, assistindo Boateng para o primeiro dos cónegos.

Estava lançado o mote para uma segunda parte de superioridade forasteira...

O Moreirense assenhorou-se da partida, passando a ganhar mais segundas bolas e a aproveitar uma certa apatia dos arouquenses no momento da perda da bola.

Não tardou portanto o golo da igualdade, novamente por Boateng, num movimento individual notável do ganês, concluído com um remate preciso, fora do alcance de Sinan Bolat.

Foi a cereja no topo do bolo de um arranque de segundo tempo a alta velocidade.

Daí para a frente, os cónegos mantiveram a superioridade sobre o rival e podiam ter chegado ao golo da reviravolta, mas Bolat tapou com notável destreza um remate colocado de Dramé.

No final, igualdade justificada, num encontro no qual a equipa da casa esteve um pouco melhor nos primeiros 45 minutos, tendo o adversário respondido com contundência após o descanso.