Ouvi falar dele nas longas lições de futebol dadas pelo meu pai. Sem imagens televisivas, sobrava espaço à imaginação. «O Cubillas isto, o Cubillas aquilo, fintava tudo, o melhor de sempre, um tipo fabuloso...»
Criança atenta, retive a informação e agucei a curiosidade. Quem seria aquele peruano que fascinava toda uma geração? Sem televisão era difícil acreditar que tudo aquilo fosse verdade. O filme «Big Fish» (O Grande Peixe, de Tim Burton) explica na perfeição a necessidade do exagero nos discursos paternos. Pensei bem que fosse o caso.
A entrevista de Cubillas ao Maisfutebol
Os anos avançaram e percebi que não. A mentira e a hipérbole não sobrevivem ao You Tube. Cubillas sim. Tão fascinado fiquei com a recuperação da personagem que, há precisamente dois anos, tive o prazer de a entrevistar para o
Maisfutebol. Por telefone.
Esta tarde irei conhecê-lo pessoalmente. Nunca fui de ter ídolos, não faz parte de mim. Mas toda a regra tem exceções e no meu caso são três: Diego Maradona, Roger Federer e, claro, Teófilo Cubillas.
Vemo-nos logo à tarde «Nene»!
Um golo extraordinário de Cubillas no Mundial-78:
Opinião
20 mar 2012, 14:24
Revisitar um génio (e cumprir um sonho): Cubillas
Afinal, o meu pai tinha mesmo razão
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