Ouvi falar dele nas longas lições de futebol dadas pelo meu pai. Sem imagens televisivas, sobrava espaço à imaginação. «O Cubillas isto, o Cubillas aquilo, fintava tudo, o melhor de sempre, um tipo fabuloso...»

Criança atenta, retive a informação e agucei a curiosidade. Quem seria aquele peruano que fascinava toda uma geração? Sem televisão era difícil acreditar que tudo aquilo fosse verdade. O filme «Big Fish» (O Grande Peixe, de Tim Burton) explica na perfeição a necessidade do exagero nos discursos paternos. Pensei bem que fosse o caso.

A entrevista de Cubillas ao Maisfutebol

Os anos avançaram e percebi que não. A mentira e a hipérbole não sobrevivem ao You Tube. Cubillas sim. Tão fascinado fiquei com a recuperação da personagem que, há precisamente dois anos, tive o prazer de a entrevistar para o Maisfutebol. Por telefone.

Esta tarde irei conhecê-lo pessoalmente. Nunca fui de ter ídolos, não faz parte de mim. Mas toda a regra tem exceções e no meu caso são três: Diego Maradona, Roger Federer e, claro, Teófilo Cubillas.

Vemo-nos logo à tarde «Nene»!

Um golo extraordinário de Cubillas no Mundial-78: