O médio Franck Ribery interrompeu na manhã deste domingo a emissão do programa «Téléfoot», do canal francês TF1, para transmitir o sofrimento que está a afectar todos os jogadores da selecção francesa. Antes do treino, que acabou por ser anulado, o médio entrou de surpresa e visivelmente transtornado no estúdio montado no hotel da equipa onde estava a ser entrevistado o seleccionador dos «Bleus», Raymond Domenech.

França em ruptura: jogadores recusam treinar.

Em pé, ao lado do treinador e com o microfone na mão, Ribéry lamentou a expulsão do companheiro Nicolas Anelka do Mundial, que depois dos maus desempenhos da França no torneio gerou um clima de completa instabilidade na equipa. «Toda a gente se ri de nós», disse, emocionado, o jogador do Bayern.

«Há três dias que se passam momentos muito difíceis para os jogadores, para o país, para todo o mundo. Estamos a sofrer», prosseguiu Ribéry, acrescentando: «Não estivemos bem, não suámos a camisola. Contra o Uruguai tentámos fazer as coisas individualmente e não como equipa.»

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«O grupo explodiu?», perguntou o apresentador. «É claro que explodiu, é a França que está a sofrer, eu estou a sofrer e digo-o honestamente», respondeu o médio, que também negou as palavras que foram atribuídas a Anelka e que motivaram a exclusão do jogador do grupo. «O que foi dito não foi o que se passou», garantiu.

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Durante os seis minutos em que falou, Ribéry esclareceu que não há conflitos com Domenech: «O treinador é o patrão, é ele que diz como temos de jogar. Ninguém lhe diz como é que tem de jogar nem quem deve alinhar.» Reconhecendo o fracasso da França, o internacional pediu ainda «perdão aos franceses».