O Maisfutebol desafiou os jogadores portugueses que atuam no estrangeiro, em vários cantos do mundo, a relatar as suas experiências para os nossos leitores. É isso que farão daqui para a frente:

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«Olá.

O meu nome é Riera e, apesar de ser esquerdino, a minha posição preferencial é extremo direito. Atualmente represento o Ayia Napa, clube da primeira divisão do Chipre.

A minha vida tem sido uma caixinha de surpresas. Comecei com 8 anos a representar o C.D. Aves e a partir dos 13 joguei no F.C. Famalicão. Três anos depois, participei num programa de televisão e venci (Soccastars da RTP, em 2004), o que me levou ao Sporting.

No Sporting, sagrei-me campeão nacional de juniores, partilhando o balneário com Nani, João Moutinho e Miguel Veloso, entre outros.

Ao chegar a sénior, representei o Merlinense na terceira divisão e o Torcatense na segunda. No meu segundo ano, durante uma experiência no Fafe, na altura na segunda divisão, fraturei um dedo do pé, o que me levou a uma paragem de 14 meses. Assim que pude voltar aos relvados, a única possibilidade que tive foi de jogar no Courense, equipa da primeira divisão distrital.

Foi então que decidi emigrar e fui para Andorra, pequeno país entre Espanha e França. É um campeonato totalmente amador e por isso tive de me dedicar a trabalhar e jogar. Foram três anos e meio nessa vida, alguns títulos pelo caminho e quatro jogos nas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões!

Em 2011, tive a oportunidade de jogar futebol profissional. Fui para a segunda divisão do Chipre e marquei sete golos e fiz sete assistências em doze jogos. Isso fez com que se abrissem algumas portas mas mesmo assim, devido a incumprimento nos pagamentos, decidi voltar a Andorra. Fiz a segunda metade da época e ganhei mais um título.

Ainda assim, as pessoas no Chipre não se esqueceram de mim e tive uma oportunidade ainda melhor, uma oportunidade de vida que ainda não tinha surgido até agora: a possibilidade de jogar numa primeira divisão com bom nível.

Até ao momento o Ayia Napa está a manter o nivel esperado uma vez que temos um orçamento muito baixo e vai ser uma luta para conseguir o objetivo de ficar na primeira divisão.

Esta é a minha história bastante resumida. Desde já, o meu sincero agradecimento à equipa do Maisfutebol pela iniciativa e por ajudar a que as pessoas não nos esqueçam.

Um abraço,

Riera»