A marchadora portuguesa Ana Cabecinha assumiu-se «felicíssima» pelo sexto lugar nos 20 km marcha dos Jogos Olímpicos Rio2016, lembrando que sentiu «dores horríveis» nas costas antes da prova.

«Estou felicíssima. Por onde passo só digo que estou feliz. Mais um diploma olímpico. Ainda para mais depois do que se passou na câmara de chamada. Tive dores horríveis nas costas, foi muito difícil conseguir aquecer e preparar a competição. Tive momentos antes de entrar na câmara de chamada muito complicados, mas consegui gerir toda esta adrenalina que são os Jogos Olímpicos e consegui ultrapassar a dor», assumiu no final da prova, citada pela agência Lusa.

Na zona mista, com a bandeira de Portugal às costas, Ana Cabecinha, que melhorou os registos das suas anteriores participações, disse que acordou «com umas dores horríveis na lombar» e que «antes de entrar chorava de dores com o fisioterapeuta», acrescentando que a preparação para a prova ficou prejudicada. «Não consegui aquecer de forma adequada para a prova, então parti um pouco a medo pelas costas. Agora doem-me, mas ainda há bocado não doeram e isso é que é importante e por isso estou feliz com o meu sexto lugar», afirmou.

A algarvia, de 32 anos, admitiu que ainda sonhou chegar às medalhas, quando recolou no grupo da frente: «Não foi possível porque, quando chegámos, o grupo partiu completamente e então tentei gerir e lutar pelo melhor lugar possível. Quando a brasileira se chegou a mim, eu tentei não descolar porque era melhor o sexto do que o sétimo», assegurou. Ana Cabecinha assegurou que o «objetivo era ser finalista (oito primeiros) e melhorar o lugar de Londres e Pequim». Depois do quarto lugar no Mundial de 2015, Ana Cabecinha voltou a estar perto das medalhas, mas a algarvia disse que não sabe quando vai alcançar o metal. «No ano passado também fui a segunda europeia, vou-me mantendo até ao dia que seja o meu dia e espero que continue entre as finalistas. As medalhas já andam a fugir muitas vezes. Eu continuo atrás delas e tenho fé que algum dia vá ser o meu dia», assumiu.