Aos 19 anos, Fábio Coentrão é certamente a pedra mais preciosa do Rio Ave. Apelidado de «Figo da Vila», o extremo/avançado tem feito uma temporada excelente na Liga de Honra e terá em Alvalade a oportunidade de cintilar num palco de dimensões nunca antes por ele conhecidas.
Curiosamente, dias antes da deslocação dos vila-condenses ao terreno do Sporting, foi sugerido por alguma imprensa que os leões estariam atentos ao desenvolvimento deste jovem atleta. Se acrescentarmos a este dado a paixão que Fábio Coentrão nutre pelo Sporting desde muito pequeno, é compreensível que o jogo de domingo seja «extremamente especial» para o jogador do Rio Ave.
«Tomei conhecimento através dos jornais desse possível interesse, mas nem me quero acreditar», adiantou Fábio Coentrão ao Maisfutebol, quando confrontado com o alegado piscar de olho dos leões. «Se eles vierem falarem comigo, óptimo, para já tentarei não pensar muito nessa hipótese. O que senti quando li? Deu-me uma coisa especial, estranha! (risos) Sou sportinguista desde pequenino e obviamente não consigo ficar indiferente.»
A auto-definição de Coentrão: «sou raçudo e gosto de ter a bola»
Para quem ainda não o conhece, Fábio Coentrão descreve-se de uma forma muito objectiva enquanto jogador. «Sempre joguei nas alas ou como ponta-de-lança. Gosto de ter a bola, de correr muito e acho que sou um jogador com muita raça», confessa-nos algo intimidado pela presença do gravador. Impunha-se então a questão seguinte: como está o coração de Fábio, 48 horas antes do jogo mais importante da sua ainda curta carreira?
«Já estou há algum tempo na equipa principal e sinto-me calmo. Acredito que seja diferente de um jogo da Liga de Honra, mas vou encará-lo como faço sempre.» Responsabilidades acrescidas por ter toda a gente de olhos em si? Isso é que não.
«O Rio Ave não depende só de mim no ataque. Somos quatro avançados e se for eu a jogar vou tentar marcar, tal como o Chidi, o Costé e o Keita tentarão.»
Fábio Coentrão, um jogador do Rio Ave com coração de leão.