20 anos e um «potencial infindável». Jan Oblak é o segundo guarda-redes mais pontuado pelos jornalistas do Maisfutebol, atrás apenas de Rui Patrício, e um dos grandes obreiros na caminhada seguríssima do Rio Ave.

Domingo estará no Estádio da Luz, a jogar contra o clube detentor do seu passe. Ora, por isso, quisemos saber um pouco mais dele. Jan Oblak está desde 2010 em Portugal, onde chegou com 17 anos, e já passou por Beira-Mar, Olhanense e União Leiria.

No Algarve trabalhou diretamente sob as ordens de Diamantino Figueiredo. O técnico não está «nada surpreendido» com esta época fortíssima do menino esloveno. «Percebi rapidamente que tinha qualidade para estar no topo da hierarquia».

As características e os números de Jan Oblak

Rui Correia, antigo guarda-redes da Seleção Nacional e senhor de um currículo invejável, vai mais longe e faz até uma revelação. «Não me surpreende e por isso há dois anos sugeri-o ao Sp. Braga, quando eu estava lá. A ele e ao Adriano Fachini, do Gil Vicente».

Menos efusivo, mas por razões compreensíveis, mostra-se Zlatko Zahovic. O compatriota de Oblak e ex-jogador do Benfica é agora diretor desportivo do NK Maribor, clube rival do Olimpia, de onde saiu o jovem guarda-redes.

«Não posso falar muito porque o Oblak teve um problema com adeptos do meu clube. Só lhe digo isto: é um grande, grande guarda-redes».

«Revolta-se e repete os exercícios até à perfeição»

Convidado a destacar alguns nomes das nossas balizas, Rui Correia deixa os seus quatro melhores: «Rui Patrício, Oblak, Adriano Facchini e Quim». Diamantino Figueiredo faz apenas uma mudança. Mantém Rui Patrício e Oblak, acrescentando Douglas, do V. Guimarães.

Ou seja, Artur Moraes e Helton, por exemplo, não constam destas escolhas. Diamantino Figueiredo explica a admiração nutrida por Jan Oblak. «Tem uma personalidade vincada, exigente, quase obcecada pela perfeição», explica o antigo guardião de Rio Ave, Portimonense e Belenenses.

«Se algum exercício lhe corria mal no treino, revoltava-se com ele próprio», conta Figueiredo. «Pedia-me para repeti-lo até sair tudo na perfeição. O Oblak é exatamente isso, um perfecionista. Se eu não soubesse que ele tinha 18 anos pensava que era um profissional feito».

Rui Correia não esquecerá mais o dia em que o conheceu. «Eu estava na Académica e defrontámos o Beira-Mar para a Taça de Portugal. O Oblak tinha 18 anos e fez um jogo extraordinário. Informei-me sobre ele e foi pouco depois que o indiquei ao Sp. Braga».

Posto isto, impunha-se a pergunta: quando estará Oblak pronto para ser o número um do Benfica? «No máximo dentro de dois anos será o titular na Luz», responde Diamantino. Rui Correia vai pela mesma ideia: «Está preparado para isso, claramente».

Jan Oblak na baliza do NK Olimpia (equipamento verde):