Niquinha, jogador do Rio Ave, pode viver no Dragão um momento histórico na sua carreira. Se fizer parte das opções de António Sousa para o jogo com o F.C. Porto, o médio brasileiro vai atingir a importante marca de 150 jogos no escalão principal do futebol português.

«Se tiver a sorte de ser convocado e de integrar o lote de jogadores titulares do Rio Ave vou ficar muito satisfeito porque, de facto, é uma marca que não se consegue muitas vezes na carreira de futebolista. Qualquer jogador que atinja este número de jogos deve estar muito contente, porque é sinal que conseguiu realizar coisas bonitas ao longo da sua carreira», considerou o jogador, que chegou a Vila do Conde na época 97/98, numa entrevista publicada no site do clube.
O facto do jogo número 150 da sua carreira coincidir com uma deslocação a um «grande» não é, para Niquinha, razão suficiente para que a motivação seja maior: «Em qualquer desafio jogamos sempre com o mesmo espírito determinado e de respeito pelo adversário. Quanto ao jogo com o F.C. Porto, sabemos que é uma equipa muito difícil com uma grande dimensão, mas o Rio Ave também tem os seus argumentos e vamos procurar fazer o melhor possível».
O experiente médio acredita que frente ao F.C. Porto os vila-condenses podem dar sequência aos bons resultados que têm vindo a obter na temporada 2005/06. «O Rio Ave vai jogar com a sua humildade e carácter típicos, apostando sempre no colectivo porque no Rio Ave não há estrelas. Se estivermos ao nível dos últimos jogos, acredito que poderemos fazer um resultado positive», concluiu.
Aos 33 anos e já com oito anos passado em Vila do Conde, Niquinha confessa que nunca pensou «ficar tanto tempo no Rio Ave»: «Sempre trabalhei com a expectativa de poder melhorar a minha carreira, demonstrando sempre uma enorme vontade de vencer. A minha postura sempre foi a de procurar ajudar a equipa e isso é muito importante para qualquer atleta. Sinto-me orgulhoso por estar tanto tempo no Rio Ave porque isso é o reconhecimento do trabalho que tenho vindo a fazer e revela a confiança dos responsáveis do clube».
A idade não é, na sua opinião, um obstáculo para que continue a fazer boas exibições e acaba também por ter as suas vantagens: «Com a idade vamos também adquirindo mais experiência e sabedoria para contornar as dificuldades. Como costumo dizer em tom de brincadeira aos meus colegas, quando eles correm em linha recta, eu vou pelos atalhos.» «Acho que consigo ler as jogadas antecipando as movimentações do adversário e tento contrariá-las. Tenho conseguido fazer isso com algum sucesso e ao longo da minha carreira tenho sido regular o que é muito bom não só para a equipa, mas também para mim», acrescentou.