Ricardo Batista, decisivo

Boa amostra das suas potencialidades. Eealizou uma exibição segura, marcada por uma excelente saída aos pés de Bruno Gama, ainda o relógio não tinha chegado aos 5 minutos. Salvou aí o golo caseiro e, quem sabe, impulsionou a equipa para a vitória, que segurou, já no segundo tempo, com um voo a negar o golo a Bruno Gama. Para o final guardou o melhor: voo espectacular a negar o golo a Yazalde. Os adeptos algarvios não têm razões para sentir a falta de Moretto.

Maurício, o central goleador

Não precisa mexer muito para se impor. Está longe de ser um central rápido, mas não precisa. Conhece como poucos o terreno o que pisa e não dá um passo em falso. Quando arrisca, consegue ser feliz. Foi assim esta tarde, quando subiu à área vila-condense para fazer o seu terceiro golo na Liga. É o melhor marcador da equipa. Para um central, não está nada mau.

Rui Duarte, o líder

O cérebro algarvio. Grande parte do jogo da sua equipa passa-lhe pelos pés, porque este médio tem o dom de perceber os impasses do jogo. Decide quase sempre bem, quer seja preciso sair rápido para a frente, quer seja essencial parar para respirar. O estatuto de capitão assenta-lhe como uma luva, pois é o verdadeiro timoneiro da equipa. Inventou ainda o golo para Maurício encostar.

Wires, todo o terreno

Correu, recuperou, assistiu, rematou. Tudo isto numa palavra: tentou. Deixou litros de suor em campo, tanto no primeiro tempo, quando esteve mais ofensivo, como na segunda metade, quando foi obrigado a actuar como trinco. Saiu quando Carlos Brito decidiu apostar todas as fichas, lançando Mendes.

Vítor Gomes, regresso que se saúda

A sua entrada mexeu com o jogo. Foi o safanão que o Rio Ave precisava quando as ideias começavam a escassear. Ainda procura o melhor ritmo, após prolongada lesão, mas tem nos pés a fantasia que, por vezes, parece faltar ao miolo vila-condense.