Luís Castro não acha que vá sentir muitas diferenças entre o trabalho que realizava no FC Porto B, essencialmente com jovens, e aquele que passa a ter, agora, no Rio Ave, no que ao treino diz respeito.

Para o novo treinador dos vila-condenses, não há diferenças. «É exatamente igual trabalhar com um jogador de 18 ou 20 anos ou com um de 30. Olho para o jogador pela qualidade, vontade e competência e não pela idade. A nossa ideia é o que mais interessa. Passar o mais rapidamente possível a mesma para os jogadores», defende.

Por isso mesmo não teme o desafio, que aceitou depois de perceber que pouco mais havia a fazer no FC Porto. «Com os jogadores que promovemos para a equipa A, com o título da II Liga e até com o Dragão de Ouro, senti que no FC Porto a obra estava feita», explicou.

Luís Castro recusou China: «Percebi que dinheiro não é tudo»

Questionado sobre o sistema de jogo que planeia implantar no Rio Ave, foi cauteloso. Tem uma proposta, claro, mas sublinha que vai tentar perceber se os jogadores se sentem confortáveis na mesma. Se achar que não, usará o esquema que melhor se adaptar às características do grupo.

«O percurso que traçamos pode ter alguns desvios. Uma coisa é conhecer o plantel por fora, outra é por dentro. Se sentir que o meu modelo é bem aceite, vamos caminhar com ele. Se perceber que há algo que possa potenciar mais e ir por outro caminho, vamos por aí. Será sempre em função dos jogadores. Acredito que sejam maleáveis e flexíveis e vai depender muito destes primeiros dias», salientou.

«Ainda não falei com Capucho»

Logo no início da conferência de imprensa, Luís Castro destacou a curiosidade de vir substituir um treinador que bem conhece, também ele com passado ligado à estrutura do FC Porto. «Substituir um colega e um amigo é sempre diferente na nossa carreira. Desejo as máximas felicidades ao Capucho. Certamente a sua qualidade irá prevalecer», afirmou.

Mais à frente assumiu, porém, que «ainda não» conseguiu falar com o ex-treinador do Rio Ave.

Rio Ave: Luís Castro traz adjunto da estrutura FC Porto

Olhando para o futuro, deixou os seus desejos, que passam por «fazer felizes» os sócios e adeptos do clube, semana após semana.

«Quero transmitir o máximo conhecimento aos jogadores, que fui adquirindo com 20 anos de treinador e 24 de jogador. A nossa ideia de jogo tem de ser construída de forma rápida. Quero também fazer do dia a dia aquilo que mais gosto que é entregar-me por completo a um trabalho. Quem olha para nós [treinadores] pensa que é só prazer, mas há muito sacrifício», garante.

Luís Castro e os objetivos do Rio Ave: «Gostaria era de ser campeão…»