Declarações de Miguel Cardoso, treinador do Rio Ave, na sala de imprensa do Estádio do Rio Ave, após o triunfo caseiro sobre o P. Ferreira:

«Disse na antevisão que era fundamental estar ao mais alto nível para jogar contra este Paços de Ferreira. Tentou sair em ataque rápido, tivemos capacidade de controlar e parar os jogadores, com os passes de transição e o espaço nas costas. Anulámos isso bem e o jogo ficou mais fácil.»

«Naturalmente que o penálti vira o jogo. Quiçá num momento em que, depois do 3-0, a equipa sinta que está perto de ganhar. Há a expulsão e o golo e lança ânimo no Paços. É natural que uma equipa consiga fazer o 3-2 tenha expetativas.»

«Parabéns aos jogadores do Rio Ave pela forma como encararam o jogo: 70 minutos de muito bom nível e uma excelente reação do Paços que acreditou até ao fim e que nos pôs em stress. Gerimos esse contexto com as substituições que tínhamos para fazer. A equipa foi honesta ao ponto de gerir o tempo e o que queria fazer.»

[Quinto lugar condizente?]

«Não analiso dessa forma. Tudo o que a equipa produzir ao longo do que falta, vai determinar muito mais do que o que ela já produziu. É fundamental olhar para a frente na perspetiva do que fizemos até agora. Temos de manter uma união grande, ser altamente competitivos. A cada jogo os cenários vão ser mais difíceis. As equipas começam a conhecer-se, vão reforçar-se em janeiro e há que ter uma constância muito grande de comportamentos».

[Lidar com inferioridade numérica?]

«Em contexto de jogo, até com a equipa B, treinamos com menos um jogador, assim como treinamos com mais um. Por mais se replique em treino, o contexto de jogo é diferente. Quanto mais controlarmos as nossas emoções, mais os nossos comportamentos vão ser dirigidos no sentido do que queremos. E muitas vezes a dificuldade não é gerir os comportamentos, é gerir as emoções. Quando me lançam a questão: ‘Pensou que em algum momento podia perder o jogo?’ Aí eu já estou a alterar as minhas emoções e, ao alterar as minhas emoções, vou alterar os comportamentos. É isso que não quero na equipa.»

[Substituição do Marcelo?]

«[Opção] minha em termos de gestão e não associo qualquer que seja o resultado com a substituição do Marcelo. É a carga que acumula com os desafios anteriores e os que se seguem.»