Declarações de Miguel Cardoso, treinador do Rio Ave, na conferência de imprensa após o empate a uma bola na receção ao Tondela, no jogo que fechou a 30.ª jornada da Liga: 

«A equipa quis ganhar. Tínhamos consciência do que significava. Conseguimos dominar o jogo, criar situações, controlar... Com o passar do tempo, durante a segunda parte, perdemos a capacidade de circular a bola. Não foi por isso que perdemos dois pontos. Perdemos dois pontos porque abandonámos aquilo que era o nosso plano. Quando não somos fiéis ao nosso plano não conseguimos ganhar. Foi o que disse à equipa ao intervalo: "Vamos manter um foco muito grande no que queremos. O nosso plano de jogo está perfeito." Houve situações claras de algum perigo da parte do Tondela. Nós também as tivemos.»

[Sobre o caso do penálti falhado por Guedes e a sua substituição na primeira parte] «É uma decisão minha. Vou guardar para mim e para o sítio próprio. Não é aqui o momento nem o local para falar sobre isso. No momento próprio, no local próprio, com as pessoas próprias comentarei aquilo que aconteceu pessoalmente.»

[O caso de Guedes influenciou a dinâmica?] «Seria redutor achar que a substituição de um jogador provocasse só por si impacto na equipa… Quando preparamos um jogo não é só com onze, é com todo o plantel. Posso dizer que experimentamos durante a semana situações que envolviam o Gelson (Dala). Se tiver um jogador lesionado tenho de fazer a substituição. Seja aos 5, aos 10…»

[Sobre a contestação dos adeptos pela substituição de Guedes] «Tenho respeito muito grande pelos adeptos rioavistas, por esta cidade, por este clube. Por todos. Tenho casa cá. Vivo cá. Tenho uma ligação muito forte a esta terra. As pessoas têm essa reação porque não são conhecedoras de todos os dados. Se tivessem outras ferramentas também teriam outras respostas. É normal. É futebol. O adepto quer ganhar. E o treinador, podem ter a certeza, quer também muito ganhar.»