Rogério Gonçalves começou a trabalhar esta manhã na Naval. O treinador regressa à Figueira da Foz depois de na última época ter conseguido a subida do clube à Liga, pela primeira na história. Desta vez, porém, as circunstâncias são diferentes. O treinador encontra uma equipa abaixo da linha de água, mergulhada em grande indefinição, que já viveu duas chicotadas psicológicas esta época e que luta desesperadamente contra o destino que lhe parece indiciar cada vez mais a descida no final da temporada.
Circunstâncias difíceis, sem dúvida, mas que não desmoralizam o treinador. «Temos consciência de que vai ser muito difícil garantir a permanência, mas penso que é possível», disse no final do treino desta manhã. «Tenho consciência que este grupo é muito unido, que psicologicamente está bem e apenas lhes pedi para continuarem a terem a alegria que estão a demonstrar a nível dos treinos e também nos jogos. Temos de pensar no positivo, pois só assim as coisas podem surgir no positivo».
Rogério Gonçalves falava no final do treino desta manhã. O treinador não foi formalmente apresentado, tendo-se disponibilizado para uma conferência de imprensa informal no relvado na qual explicou que aceitou este convite da direcção também porque o projecto que lhe propuseram não se prende apenas com o imediato. «Foi um convite que me foi endereçado e que me levou a alguma ponderação. É um projecto que passa por esta e pela próxima época, um projecto de futuro, mas tendo a consciência de que ainda é possível este ano conseguir o objectivo da Naval, que é a manutenção na Liga». Se não o conseguir, porém, o projecto não acaba. «Tenho ideias para este clube, a direcção também, depois do final da temporada vamos fazer a fusão destas ideias para realizar um projecto de futuro».