Rosa Mota, a antiga campeã olímpica portuguesa, foi nomeada esta quarta-feira para a Comissão de Atletas da Agência Mundial Antidopagem (AMA). Esta nomeação surge na sequência de uma proposta do Instituto do Desporto de Portugal.
Segundo a agência Lusa, a ex-atleta sentiu-se «muito honrada» ao ser escolhida para o grupo restrito de 11 elementos da Comissão e por poder dar o seu contributo para um «desporto mais verdadeiro».
«Sinto-me muito honrada pela nomeação e espero contribuir para um desporto mais limpo e igual. Tenho confiança que este jogo do gato e do rato termine, nomeadamente, pelos alertas que possam ser feitos», continuou a campeã olímpica em Seoul 88.
«Ganhei sempre aquilo que quis e, quando perdi, nunca desconfiei que as minhas adversárias estivessem dopadas. E acho que o doping é mau para a saúde, mas o pior é porque, ao usá-lo, se engana o adversário», declarou Rosa Mota.
Para a portuguesa, o doping «rouba momentos únicos das carreiras» e que as desclassificações de atletas devido a substâncias ilegais não repõem a verdade sobre as vitórias dos atletas «limpos».
A Comissão da AMA, composta por atletas, reunirá duas ou três vezes por ano. Os atletas funcionarão como embaixadores junto dos desportistas de alta competição para além das acções educativas em que participarão.
Outra das funções da Comissão é recolher opiniões dos atletas que participarem em grandes manifestações desportivas como os Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais e Europeus.