O Beira Mar tem apenas três golos marcados na Liga e vai encontrar-se, este domingo, com a sua alma gémea em matéria de improdutividade atacante: o Nacional, a outra equipa do campeonato com igual número, tão reduzido, de remates certeiros. É uma curiosidade, nada mais.

«Todas as equipas trabalham para fazer golos. Vão cruzar-se os dois piores ataques mas é uma situação que tem de nnos passar ao lado. Em Moreira de Cónegos, já conseguimos fazer dois golos. Acima de tudo, temos de dar continuidade ao que temos feito. As oportunidades têm surgido. Espero que apareçam os golos e continuem as oportunidades», afirma Rui Bento, na antevisão da partida.

O técnico não consegue, todavia, esconder algum incómodo pela carreira dos auri-negros, que pese os bons jogos, peca sobremaneira na finalização: «Temos de juntar golos aos que temos feito. Não vale a pena esconder. As classificações fazem-se assim. Se calhar preferia ter menos elogios e mais pontos e a equipa também.»

Outra curiosidade da partida é o facto de ser a última de Ivo Veira como treinador dos insulares. «Não conheço o plantel deles, não sei como vão reagir os jogadores, mas vamos apanhar uma equipa difícil, que vai lutar pelos três pontos. O Beira Mar quer fazer jogar bem e marcar golos. Era importante conseguimos impor-nos. Em casa, estou à espera que o Nacional queria assumir as despesas e fazer um bom jogo. Nós também. Vamos para a guerra, depois vê-se.»

O técnico desvalorizou ainda um eventual cansaço da equipa, por ter jogado a meio da semana para a Taça da Liga, e esclareceu que gostaria de contar com Artur, Pedro Moreira e Tiago Barros, mas todos eles estão, ainda, em dúvida para a partida. Cristiano, André Marques, Vasco Fernandes e Turan, estes, estão definitivamente arredados da viagem à Madeira.