Rui Vitória, treinador do V. Guimarães, analisa a derrota frente ao Marítimo, neste domingo, na quinta jornada da Liga, em declarações na sala de imprensa dos Barreiros:

[Se foram 45 minutos de avanço] «Nós idealizamos uma coisa e depois na prática é outra. A ideia até passava por entrar bastante forte na primeira parte, sendo pressionantes na zona intermédia. Sabíamos que o Marítimo entra forte e queríamos ser agressivos. Nós avisamos, podemos até prever o que pode acontecer, mas o futebol é isto, sofrer um golo aos dois minutos acaba por condicionar. Depois, a equipa esteve muito passiva. Ao intervalo mudámos. Na segunda parte fomos uma equipa muito diferente e assim podemos discutir qualquer jogo e resultado. Fomos mais determinados, jogando com uma intensidade maior. Começar o jogo da forma que começámos foi penalizador. Fomos à procura do empate e até conseguimos, mas sofremos logo o segundo golo. Depois, tivemos aquela infelicidade de acertar duas vezes nos postes de seguida. Em momentos destes, às vezes a bola entra, outras vezes sai como aconteceu aqui. Esta segunda parte está mais próxima do que idealizamos.»

[Se está a ser difícil mudar o Vitória] «Estamos numa fase de recuperação, mas as coisas não estão fáceis pelos obstáculos que vamos apanhando. O Marítimo vinha de três vitórias consecutivas e a jogar em casa. O campeonato nesta fase inicial é complicado, mas temos de enfrentar os problemas de frente e tentar resolvê-los. Queremos também introduzir o nosso cunho pessoal. Não é fácil pois vamos ainda ter obstáculos difíceis, mas as coisas vão melhorar, pois os jogadores têm-se empenhado. Acredito que a médio prazo as coisas vão melhorar.»

[Se considera justo o resultado final] «Tenho dificuldade em considerar justo ou injusto. A nossa equipa também foi determinada, correu, trabalhou, foram pequenos detalhes a fazer a diferença. A nossa equipa deu de avanço na primeira parte, mas fomos à procura de outro resultado. A segunda parte é o que quero agarrar como de positivo neste jogo. A justiça nestas coisas é difícil de falar.»