Rui Vitória duvida que tenha havido alguma equipa técnica no V. Guimarães a trabalhar tanto como a que lidera. Os três meses de salários em atraso não condicionam a ambição do treinador que, contudo, não garante a continuidade do clube, pois é um assunto a ser discutido com a direção eleita.

«Esta equipa técnica dedica-se de alma e coração ao Vitória, duvido que tenha havido alguém que tenha trabalhado tanto como nós. Estou apaixonado por este clube, apesar de todas as dificuldades, mas a continuidade depende de tanta coisa, em primeiro lugar da vontade de ambas as partes. Mas há ainda muito por competir, não vale a pena antecipar as coisas», afirmou o treinador, em conferência de imprensa reproduzida pela Agência Lusa.

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O contrato de Rui Vitória termina no final da época e terá de ser o novo presidente a decidir se o renova. Os candidatos Júlio Mendes e Pinto Brasil já mostraram interesse em prolongar o vínculo.

Mas, para já, o técnico debate-se com outros problemas: a instabilidade financeira, devido aos salários em atraso. «Temos sido muito empenhados, mas deduzo que com o tempo a passar isso afete cada vez mais», lamentou.

Em relação ao encontro com o Rio Ave, este domingo, em Vila do Conde, Rui Vitória disse esperar encontrar pela frente uma «equipa boa e experiente». «É um clube estável, com o mesmo treinador há muitos anos. Temos que estar muito concentrados, impor a nossa forma de jogar e controlar os alvos mais difíceis, dois ou três jogadores que podem fazer a diferença», alertou.

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Depois, voltou ao tema da instabilidade: «Temos trabalhado para que o jogo seja encarado com a maior concentração, mas quando as energias se dispersam é mais difícil.»