A Federação Russa de Futebol e o Spartak Moscovo, o único clube deste país que ainda estava em competição nas provas da UEFA, reagiram às sanções da FIFA e da UEFA, que decidiram excluir das competições por si tuteladas as seleções e os clubes de futebol russos devido à guerra na Ucrânia.

Em comunicado, a Federação Russa, que admite recorrer da sanção junto dos tribunais, afirma «discordar categoricamente» da decisão anunciada nesta segunda-feira pelos dois organismos. «Acreditamos que esta decisão é contrária às normas e princípios da competição internacional e do espírito dos desportos. Tem um óbvio caráter discriminatório e afeta um grande número de atletas, treinadores, funcionários de clubes e de equipas nacionais e, mais importante, milhões de adeptos russos e estrangeiros», lê-se num comunicado. «Estas ações estão a dividir a comunidade mundial do desporto, que sempre aderiu aos princípios da igualdade, respeito mútuo e da independência da política», acrescenta-se.

O Spartak, que ia defrontar os alemães do Leipzig nos oitavos de final da Liga Europa, assumiu que já esperava a decisão, mas considera-a «perturbadora» e «fora do âmbito do desporto».

Na mesma nota, o emblema moscovita diz que o desporto devia ajudar a construir pontes e não a destruí-las. «Somos obrigados a obedecer a uma decisão com a qual não concordamos», afirma ainda a antiga equipa de Rui Vitória, que termina a nota com votos de a paz seja alcançada o mais rapidamente possível.