Mariano Barreto acompanhou a chegada de Sá Pinto ao Sporting, era então adjunto de Carlos Queiroz em 1994/95. Reencontrou-o há pouco tempo na Madeira, quando a equipa leonina foi jogar com o Marítimo. O encontro foi amargo para os leões, com a derrota por 3-0, mas ficou a conversa antes, e o acto depois.
«Na Madeira perderam por 3-0 e eu antes do jogo disse-lhe: ¿Eh pá, espero que faças um bom jogo, mas que não nos entales¿», confidenciou Mariano Barreto ao Maisfutebol. «Ele, de facto, fez um bom jogo e nós ganhámos. No final ofereceu-me a camisola dele, o que prova que Sá Pinto não gosta de perder, mas sabe perder. Isso dignifica-o e honra-o», explicou o ex-treinador do Marítimo.
Mesmo assim, Mariano Barreto lembra ainda o tempo em que Sá Pinto ainda não tinha regressado ao futebol depois de quatro operações. «Ele esteve comigo no primeiro jogo, em Alvalade, em que também ganhámos, mas ele não jogou. Vivi um pouco os problemas que ele teve porque lutava contra a lesão no joelho», disse.
O treinador confessou que «Sá Pinto foi sempre um jogador que se definiu e se distinguiu pela raça, pela irreverência, como pessoa e como jogador». «A vitória dele na vida em relação à lesão não me estranha muito. Foi uma luta. Faz parte do existir dele. Quando poucos acreditavam ele foi sempre o primeiro a acreditar.»