Dimas é, antes de mais, grande amigo de Sá Pinto. Conheceram-se melhor no Euro 96, de Inglaterra, numa relação que foi crescendo com o passar dos anos, das épocas, e das lesões. Também eles estão ligados pelo mesmo número de operações sujeitos. Dimas abandonou, Sá Pinto continuou. Uma questão de personalidade.
«Entre amigos talvez pensássemos que pudesse desistir, mas ele sempre acreditou», confessou Dimas ao Maisfutebol. «Sabíamos a força que ele tinha. Eu sabia a forma como ele trabalhava antes das lesões, e com esse conhecimento sempre acreditei que pudesse voltar a estar a este nível», revelou.
«Quando estamos tanto tempo sem jogar...chegamos a um momento em que pensamos que já chega», descreveu. «Com ele não aconteceu isso, soube ser superior em relação a toda a gente com força e vontade», explicou. «Ele foi quem teve mais mérito.»
Dimas revelou que os amigos talvez chegassem a pensar que Sá Pinto pudesse desistir. Mas nunca ninguém lhe disse isso. E explica porquê. «Se fosse outro tipo de pessoa talvez disséssemos que seria melhor parar. Eu próprio também tive quatro operações e, como tenho uma personalidade diferente, fez-me pensar e ponderar continuar a carreira ou parar», lembrou. «Ele foi sempre o primeiro a dizer que voltaria a jogar ao mesmo nível, e conseguiu.»