Ricardo Sá Pinto, treinador do Sporting, depois da vitória sobre o P. Ferreira (1-0), no Estádio de Alvalade, em jogo da 19ª jornada da liga:

[Tinha pedido garra, mas falou um pouco mais de qualidade. Concorda?]

«Fomos sujeitos a uma grande carga emocional e física no último jogo que foi há 72 horas. Um jogo difícil, num ambiente complicado em que os jogadores tiveram um desgaste físico tremendo. Conseguiram de uma forma extraordinária continuar a dar aquilo a que se comprometeram. Logicamente que os adeptos também querem qualidade e eles também querem, mas nem sempre se consegue tudo de uma vez só. Temos de ter paciência, estamos em alta competição onde os resultados também são altamente importantes. Houve uma tentativa de eles quererem jogar, de quererem circular e ter um jogo de qualidade. Mas o posicionamento do Paços também não ajudou, foi um posicionamento defensivo com um bloco muito baixo. Mas eles tentaram e isso deixa-me orgulhoso. Tivemos mais posse de bola em termos de largura do que em termos de penetração, mas também soubemos guardar a bola do adversário, soubemos descansar com bola e cansámos o adversário. Estou satisfeitíssimo, foi o que lhes pedi, que acreditassem num resultado positivo e que continuassem com a mesma entrega. O resto há de vir com o tempo».

[Era esta a estreia que esperava no regresso a Alvalade?]

«O meu desejo era vencer e isso consegui. Também temos de ser inteligentes. Esta equipa precisa de resultados para ter mais confiança, isso era fundamental. Este era o objectivo principal, mas daqui mais para a frente poderemos equacionar outros objectvos».

[Fala em confiança, foi confiança que faltou a Wolfswinkel no penalty?]

«Precisa o Ricky e precisa toda a gente. Às vezes, mesmo jogadores cheios de confiança, não conseguem concretizar uma grande penalidade. Ninguém mais do que ele queria marcar. Tenho cem por cento de confiança no Ricky. Essa grande penalidade podia-nos ter dado outra confiança, outra calma. Seria o 2-0 e num momento como este seria importante. Não aconteceu, mas faz parte do jogo».

[Era esta a recepção que esperava em Alvalade?]

«Logicamente que sim, é o meu clube, tenho esta grande responsabilidade de liderar a equipa. É um orgulho enorme exercer estas funções. Tudo farei para que possa devolver a alegria aos nossos sócios e a mim próprio que também sou sócio. É uma grande emoção. Quero agradecer aos sócios todo o apoio que tenho recebido desde que assumi estas funções. Peço que continuem a acreditar nos jogadores, porque eles têm grande qualidade. É um orgulho ser treinador neste clube, mas também desta equipa. Continuem a acreditar que vamos lá».