Sá Pinto, treinador do Sporting, em declarações na sala de imprensa no fim da vitória por 1-0 sobre o Rio Ave, falando dos objectivos da equipa até final da época:

«Em dez dias encurtar cinco pontos para o líder é notável. Que objetivos estabeleço até final da época? O nosso pensamento é o próximo jogo, o próximo adversário. Mas nunca desistimos de nada. De nenhuma competição, nem de nenhum resultado. Vamos acreditar até ao final.

Mas para isso é preciso que todos acreditem. Todas as semanas temos exemplos de equipas a ganharem no último minuto, no último segundo. Há campeonatos que se decidem no último jogo. Temos quatro adversários à nossa frente e é necessário que percam pontos para os passarmos.

Quero continuar a acreditar que podemos chegar aos lugares cimeiros. Vamos continuar a acreditar. Aqui sempre me ensinaram que nunca se desiste. Gostava de dar uma palavra de apoio ao Polga, o nosso capitão, que se envolveu, fez uma grande exibição e está há muitos anos no Sporting.

O lema do nosso clube é esperança. Acreditar e não desistir. Acreditar que podemos ser sempre mais fortes do que o adversário. Eu envolvi-me. Temos criado uma união à minha imagem: não acredito que ninguém ganhe sozinho. Temos uma causa centenária, que é o Sporting Clube de Portugal.

Com os resultados positivos, tudo será mais fácil. Hoje há menos ansiedade nos jogadores. As vitórias trazem confiança e moralizam toda a gente que envolve a equipa. Vejo o Sporting evoluir exibicionalmente dentro de campo. Mas nunca fui uma pessoa de me acomodar ao sucesso.

Sempre tive uma personalidade forte, acredito no que faço e sou muito ambicioso. Gosto sempre de criar novos objetivos e nunca me dou por satisfeito. Nem eu nem os jogadores. O golo do Izmailov é um golo fantástico de um jogador que não fazia noventa minutos há dois anos.

Está novamente feliz e envolvido. Quero que a minha equipa tenha organização, mas também quero que tenha qualidade. O Izmailov pode dar isso tudo. O futebol é um jogo que depende da vontade dos jogadores, porque eles é que o jogam. E os meus jogadores têm essa vontade.»