Sá Pinto pediu paciência aos adeptos para colocar a equipa a jogar melhor futebol e salientou a importância de ganhar. Henrique Calisto lamentou as oportunidades desperdiçadas pela equipa. Declarações à Sport TV:

Ricardo Sá Pinto

«Temos sempre margem para melhorar. Fomos sujeitos a um esforço tremendo há 72 horas. O estado anímico dos jogadores e a ansiedade de querer fazer melhor é enorme. Mas temos de ter paciência. É importante ganhar jogos para não perder mais distância e temos de valorizar o resultado, nesta altura. A equipa foi condicionada com duas substituições forçadas, o desgaste foi outra contrariedade e o bloco baixo do Paços também dificultou a nossa penetração.Tivemos momentos bons de futebol, também. Podíamos ter feito o segundo de penalty que nos iria acalmar, mas com tantas situações em torno da equipa, só saliento a postura enorme dos jogadores que sabem que um dia vão chegar à qualidade que querem.»

[Sobre os assobios dos adeptos:] «Estão tristes com a situação, queriam uma equipa estável, com outros resultados. É compreensível. As circunstâncias são estas, temos de ter paciência e de nos unir em prol do clube. Só com grande espirito de união se consegue devolver a confiança para voltar a jogar o futebol fantástico que estes jogadores já jogaram.»

[Sobre a arbitragem:] «A informação que tenho é que há vários penalties que não foram marcados. Mas ainda não vi. Claro que é preciso marcá-los, como aconteceu com Ricky, mas à segunda ou terceira podíamos conseguir. No futebol todos errámos e fazemos coisas menos boas. Se houve penalties ainda bem que não teve influência no resultado.»

[Sobre a ovação que os adeptos lhe dedicaram:] «É uma emoção enorme para mim e uma grande responsabilidade treinar o meu clube. Quero fazer melhor, devolver ao Sporting a auto-estima e confiança. Peço paciência e que continuem a apoiar a equipa.»

Henrique Calisto

«As grandes oportunidades foram nossas, exceptuando o penalty que me deixa dúvidas. Só se o meu jogador cortar os braços... Pretendíamos esperar o Sporting, que não foi tao ofensivo como esperávamos. O penalty? Há uma ma interpretação da lei. A mão assinala-se quando há intenção. Com os braços atrás das costas, a bola bate no cotovelo e não pode ser penalty. Há vários casos assim, não foi só este. Mas não perdemos por causa de arbitragem. Fizemos um autogolo e não tivemos sorte. Perdemos por nossa culpa. Jogámos nos terrenos que nós queríamos, não foi o Sporting que nos empurrou. Esta derrota? Já passamos coisas piores, esta derrota até conta pouco. Não que os pontos não sejam necessários, mas porque é injusta.»