Foi uma das revelações da II Liga, na temporada passada, se bem que na anterior já tinha actuado no segundo escalão do futebol nacional, com as cores do Olivais e Moscavide. Agora no V. Setúbal, Carlos Saleiro ainda só foi utilizado na primeira jornada, quando entrou aos 67 minutos para o lugar de Carrijo. Ao Maisfutebol, o internacional Sub-21 português reclama minutos, de modo a poder mostrar valor e regressar ao clube que o formou e com o qual tem contrato: o Sporting.
«Espero que a minha oportunidade apareça, esse é o meu grande objectivo no momento», disse o avançado, que considera que os 23 minutos que actuou com os amadorenses, na segunda jornada da Liga, «foi pouco tempo».
Campeão europeu de Sub-17 em Viseu, numa equipa que contava com João Moutinho e Miguel Veloso, e companheiro deste último no Olivais e Moscavide orientado por Rui Dias, Saleiro revela que «esperava estar a ser utilizado com maior regularidade» por Daúto Faquirá.
O avançado é bem claro na vontade em demonstrar serviço, depois de a temporada no Fátima ter levado os leões a reverem-lhe contrato: «O meu primeiro objectivo era renovar com o Sporting e ficar, mas emprestaram-me ao Vitória para mostrar o meu valor. Fiquei contente com a decisão, mas espero entrar na equipa em breve. Estar sem jogar é difícil, ainda para mais na minha idade. Para não jogar ficava no Sporting.»
I Liga não é diferente da Honra
Quais as razões, então, para Saleiro não ser opção? A época 2007/08 levou-o de volta às selecções, mas, diz o próprio, a concorrência no Bonfim é forte, ainda para mais com a chegada do recuperado Bruno Moraes. «Todos têm valor para jogar, somos um grupo de quatro/cinco jogadores para dois lugares e o grande objectivo, que é comum a todos, é ajudar o V. Setúbal», aponta.
Um argumento que o avançado rejeita é o facto de o campeonato principal ser mais difícil que a Honra: «Do meu ponto de vista não há grande diferença entre a I e a II Liga, o ritmo se calhar é um bocadinho mais elevado. Mas com mais partidas a adaptação ficará mais fácil.»
No entanto, factor importante será o modelo de Faquirá, que aposta num esquema diferente daquele a que Saleiro esteve «preso» nos últimos anos: «Estou mais habituado ao 4x3x3, mas não tenho problemas no 4x4x2, encaixo-me perfeitamente.»
Enfim, resta a Carlos Saleiro «trabalhar» para ser opção do técnico e, quando a oportunidade surgir, agarrá-la.