João Loureiro, presidente do Boavista, garantiu nesta segunda-feira, à margem da assinatura de um protocolo de cooperação com o Interclube de Luanda (Angola), que o plantel axadrezado, «salvo algum imponderável, está fechado». A um dia do fecho das inscrições, o dirigente garantiu estar satisfeito com o grupo de trabalho, fechando praticamente as portas a mais entradas e saídas, excepto se «surgir algo inesperado», como um telefonema com uma proposta de última hora, que bem poderia ser o que João Loureiro não atendeu, durante a conversa com os jornalistas.
«Neste momento, somos o clube com mais portugueses e mais jogadores nos escalões de formação no plantel. Queremos reforçar essa aposta. Não vamos contratar jogadores só para a fotografia. Saíram alguns jogadores e fizemos contratações cirúrgicas, com o Paulo Sousa e o Oravec, para além de abrirmos espaço para alguns jovens», lembrou o presidente do Boavista. William Souza, ainda sem clube, Guga (Larissa, Grécia), Carlos Fernandes (Sp. Braga) e Carlos (Steaua de Bucareste, Roménia, abandonaram o clube neste período: «À excepção do Carlos, que foi um excelente negócio, os outros não eram titulares e terminavam contrato no final da época. Para além disso, recebemos contrapartidas em todos esses acordos». Para além das contratações do médio Paulo Sousa (ex-Estoril) e do avançado eslovaco Oravec (Ex-Panionios, Grécia), o Boavista fez regressar o lateral esquerdo Igor, que estava cedido ao Dragões Sandinenses, e conta com os júniores Marco (guarda-redes), Bruno Pinheiro (defesa), Gilberto (médio), Rui Gomes (médio) e Manuel (avançado);
Boavista admite dívidas a ex-profissionais do clube
O presidente do Boavista admitiu ainda a existência de dívidas a ex-profissionais do clube, como Paulo Turra, Martelinho ou Erwin Sanchez, garantindo que a prioridade passa por «pagar regularmente aos que estão ao serviço do clube»: «Temos a situação regularizada com os elementos do plantel, abatendo mensalmente as dívidas aos que partiram, e que assinaram acordos de rescisão. Não podem querer receber tudo na mesma hora e devem lembrar-se que o Boavista renovou e melhorou os seus contratos em alturas em que eles estavam lesionados». «Continuamos a apostar na estabilidade financeira, devemos ser o clube com o 10º orçamento da Liga, temos compromissos e um estádio para pagar, que custou 50 milhões de euros, com o estado a comparticipar em apenas 7,5 milhões.», concluiu.
Protocolo para alargar horizontes em Angola
O Boavista assinou um protocolo de coorperação com o Interclube de Luanda, equipa angolana orientada pelo português Romeu Silva. João Loureiro e Fernando Alves Simões lançaram as bases para o «intercâmbio de jogadores, de conhecimentos, e muito mais», a começar pela ajuda dos axadrezados nas obras de remodelação do recinto do Interclube, que poderá receber a visita da equipa do Bessa em Maio. «Como o Interclube ainda não tem símbolo, até está a ser discutida a possibilidade de ser a pantera. O Boavista precisa de expandir-se socialmente e é muito acarinhado em Angola», explicou João Loureiro.