Nada pode faltar para que a festa seja um sucesso. Festa. A palavra é repetida continuamente pelo presidente do Santa Eulália. Não é para menos. A visita do F.C. Porto a Vizela é «o dia mais importante» na história do clube da III Divisão.

Carlos Faria, cansado, explica tudo. «Tivemos uma reunião longa com a GNR e temos garantia de segurança total. Vamos também ter 25 stewards nas portas para que nada falte aos 6700 espetadores», conta ao Maisfutebol.

Saídas à noite e futebol de 7 antes do F.C. Porto

Ainda há mais. «São tantos pormenores. Já garanti a presença da fanfarra local no intervalo e convidámos o senhor Pinto da Costa para almoçar connosco. Aguardamos a resposta. É um período de grande festa [lá está] pois Santa Eulália só é vila há um ano».

Apesar do entusiasmo latente, não se pense que saiu a lotaria ao clube. Grande parte da receita já tem, de resto, destinatário. «Repare, o nosso orçamento é de 100 mil euros e com os jogos da III Divisão só temos prejuízo. As receitas rondam os 500/600 euros e a despesa anda à volta dos 1000», lamenta Carlos Faria.

«Naturalmente, desta vez não é assim. A bilheteira será dividida por três [clubes e FPF] e o dinheiro dará para pagarmos as obras no nosso estádio. Mas não muito mais do que isso, pois os preços dos bilhetes são baixos [de 8 a 15 euros]».

«Gostava de ter esta confusão todas as semanas»

O Santa Eulália está a colocar um piso de relva sintética sobre o seu campo pelado, mas o processo não ficou completo a tempo de acolher o F.C. Porto. O estádio do F.C. Vizela foi a opção natural.

A condição da relva, porém, não agradou aos responsáveis dos azuis e brancos. Nas últimas duas semanas, uma equipa monitorizada pelos dragões tem melhorado o estado do retângulo de jogo, explica Carlos Faria.

«Recebemos três visitas de diretores do F.C. Porto e eles disponibilizaram-se a melhorar o relvado. Pediram também dois balneários, pois a logística do clube é enorme. O Vizela assegura tudo isso, além da colocação de um tapete azul».

Consumição, cansaço, quase esgotamento. Tudo vale a pena, conclui o presidente do Santa Eulália. «Gostava de ter esta confusão todas as semanas. Valia bem a pena tanta festa [lá está]».