Faltou Cristiano Ronaldo, João Mário, Adrien Silva... mas a qualidade dos jogadores portugueses é inquestionável e perante os vice-campeões do Mundo, Portugal mostrou que está preparado para novas conquistas neste novo ciclo que começa agora. Fernando Santos só pode ter motivos para encarar o futuro com bastante otimismo. O empate não reflete a superioridade de Portugal em praticamente todo o jogo.

Neste primeiro desafio após o Mundial da Rússia, o selecionador nacional manteve apenas quatro jogadores no onze titular, em relação ao embate com o Uruguai, o último da seleção, disputado a 30 de junho em Sochi. Rui Patrício, Pepe, Bernardo Silva e William Carvalho foram os resistentes - Ronaldo, como se sabe, não foi convocado e se estivesse aqui seria titular - e entraram nas opções iniciais João Cancelo, Rúben Dias, Mário Rui, Rúben Neves, Pizzi, Bruma e André Silva.

FICHA DE JOGO E AO MINUTO

Santos prometeu e cumpriu, jogando em 4x3x3, com Rúben Neves a trinco, e Pizzi e William Carvalho mais adiantados. No ataque, Bernardo Silva e Bruma encarregaram-se das alas com André Silva no centro. Portugal teve grande dinâmica ofensiva, com velocidade e técnica nos corredores e leitura de jogo na zona intermédia. Os croatas andaram a maior parte do tempo a correr atrás da bola e sempre longe da baliza de Patrício.

As várias oportunidades de golo desperdiçadas pela equipa nacional, principalmente até ao intervalo, atestaram o domínio exercido e que era merecedor de outro resultado. E foi contra a corrente que a Croácia se colocou em vantagem, por Perisic, que aproveitou um ressalto de bola após uma jogada na sequência de uma bola perdida por Rúben Neves, para rematar de forma indefensável para Rui Patrício.

O inesperado golpe não retirou coragem à seleção nacional, que procurou o golo com a mesma vontade que o tinha feito até então e que levaram Bruma aos três minutos e Bernardo Silva aos 11' a falharem boas oportunidades tal como Rúben Neves, aos 16', num tiro a raspar a barra num livre direto. Esses momentos voltaram e até ao descanso, com João Cancelo a acertar nas malhas laterais, surgindo depois a justiça na cabeça de Pepe, que saltou para dar sequência a um cruzamento de Pizzi, após canto curto de Bernardo Silva.

Após o intervalo a Croácia esteve perto de voltar a adiantar-se, num cabeceamento de Perisic, no único momento que contrariou a tendência do jogo, com Portugal a deter a iniciativa, mesmo com as inúmeras substituições que se efetuaram.

No entanto, esse domínio não teve correspondência no marcador, embora não tenham faltado oportunidades, principalmente numa altura em que existiam mais espaços.

O empate final não se ajusta ao melhor futebol praticado pela seleção nacional num jogo que realçou a qualidade dos nossos jogadores e que dão tranquilidade para os novos desafios que estão a chegar. O próximo é já na segunda-feira, com a Itália no Estádio da Luz, desafio que marca a estreia da seleção nacional na Taça das Nações, nova competição da UEFA.