Três estreias, três golos, três pontos se o jogo tivesse caráter oficial. Com um ritmo interessante na primeira parte e sem oposição à altura no Estádio Algarve, Portugal venceu com o Qatar com simplicidade e naturalidade (3-0).

Um mês após o amigável entre as duas seleções na Hungria (3-1), Portugal reencontrou o Qatar e impôs-se sem as dificuldades sentidas em solo magiar. Cristiano Ronaldo (37m), José Fonte (48m) e André Silva (90+1m)

Fernando Santos promoveu três estreias – Diogo Costa, Matheus Nunes e Rafael Leão -, injetando sangue novo na seleção de Portugal, mas seriam os dois jogadores mais velhos a decidir o embate com os qataris.

Cristiano Ronaldo (36 anos e seis meses) inaugurou a contagem a caminho do intervalo e José Fonte (37 anos e nove meses) fixou o resultado final após o reatamento.

O avançado do Manchester United bateu o recorde europeu de internacionalizações neste sábado e aumentou a sua conta pessoal, enquanto o defesa-central do Lille, ao 48.º jogo por Portugal, estreou-se a marcar com a camisola da equipa das Quinas.

Foi essencialmente um exercício de finalização para a seleção orientada por Fernando Santos, antes do jogo com o Luxemburgo, de qualificação para o Campeonato do Mundo. Desta vez, o Qatar nem assustou. Limitou-se a defender e a tentar adiar o inevitável golo.

Ao minuto 34, Cristiano Ronaldo falhou uma oportunidade claríssima a passe de Diogo Dalot. Porém, três minutos depois, o capitão não desperdiçou nova dádiva. Matheus Nunes colocou em Dalot na área, o lateral amorteceu de cabeça, Bassam Al-Rawi não conseguiu afastar e Ronaldo balançou as redes.

Com a missão cumprida, o avançado saiu ao intervalo, a par de Nuno Mendes. Os dois jogadores ganharam ritmo para o duelo de terça-feira com o Luxemburgo.

No início da segunda parte, sem uma tentativa de resposta do Qatar, Portugal chegou com naturalidade ao 2-0. O regressado João Mário bateu um livre para a área, William Carvalho cabeceou para defesa incompleta de Saad Al Sheeb e José Fonte surgiu no sítio certo para festejar o primeiro golo pela seleção.

O ritmo baixou a partir daí, também por culpa da intensa dança de substituições, com Fernando Santos a dar minutos a alguns dos prováveis titulares do jogo de qualificação para o Mundial.

A animação final esteve a cargo de Rafael Leão, que entrou a todo o gás, e Diogo Dalot, o melhor em em campo. Ao minuto 82, o avançado rematou com classe à trave e, na insistência, o lateral dominou e finalizou. Porém, o lance foi anulado por pretensa mão na bola do lateral.

Já ao minuto 87, foi o próprio Rafael Leão a desperdiçar uma oportunidade flagrante, atirando em esforço ao poste, com a baliza aberta. Pouco depois, o jogador do AC Milan teve o prémio pela bela estreia, cruzando com conta, peso e medida para a finalização de cabeça de André Silva (90+1m), que já estava farto de procurar uma oportunidade para marcar.