Fernando Santos considera que as polémicas do futebol português não condicionam o impacto do título europeu conquistado pela Seleção, há um ano.

«As polémicas nunca ensombram nada. Há quem diga que o Colombo é português, outros dizem que é italiano, outros dizem que é espanhol...O que é que isso altera relativamente ao Vasco da Gama e ao Pedro Álvares Pereira? As polémicas não vão esconder a história, e a história é que Portugal é campeão da Europa», afirmou o selecionador, em conversa com os jornalistas um ano (e um dia) depois do feito de Paris.

«O que Portugal tem de fazer é manter-se nesta linha. mostrar que pode lutar em todas as áreas por ser o melhor. Fomos criados para procurarmos ser bons. Não é à custa dos outros. Demos uma grande alegria aos portugueses, e vamos querer continuar a dar grandes alegrias aos portugueses. Temos de continuar a trabalhar com a mesma humildade e confiança», acrescentou.

E o que pode ser feito para que a alegria proporcionada há um ano possa ter repetições nos próximos anos? «É continuar o excelente trabalho que tem sido feito na federação e nos clubes. Temos o exemplo desta Cidade do Futebol, que melhorou muito as nossas condições. Os jogadores sentem-se bem aqui. Mas vais estar sempre dependente dos resultados. No futebol o resultado torna-se dramático, porque há muita paixão», resumiu o selecionador.

Fernando Santos reconhece, de resto, que «basta um jogo menos conseguido para ficar a sensação de que o Euro2016 foi um bocadinho sorte». «Não foi sorte, foi mérito. Pode não ter sido espetacular, mas a Alemanha ganha poucas vezes de forma espetacular. Temos de continuar a melhorar as condições de trabalho e de recrutamento. Na federação e nos clubes. O ideal era ter um campo de recrutamento tão vasto quanto outras potências, mas não temos. Dificilmente vai acontecer», advertiu.