Fernando Santos após o jogo entre Portugal e a Croácia no Algarve:

«A equipa portuguesa fez um jogo muito positivo na primeira parte, com circulação de bola, profundidade, velocidade, criando espaços pelos corredores e pelos espaços interiores. Nos primeiros 15/20 minutos, a Croácia teve muita dificuldade para controlar o nosso jogo em posse. Depois surgiu o golo da Croácia e, para uma equipa que joga em conjunto pela primeira vez, um golo sofrido abana sempre. Tivemos um período de dez minutos com dificuldades, mas Portugal rapidamente voltou ao jogo, com confiança na circulação e na pressão, sem permitir que a Croácia jogasse e chegou justamente ao empate e penso que devia estar vencer ao intervalo, pelas oportunidades que criou, mas o futebol é isso. A segunda parte foi positiva na mesma, mas já não tão envolvente. A Croácia percebeu os riscos que estava a correr e procurou adormecer o jogo. A segunda parte foi um pouco mais monótona, com exceção dos últimos 15 minutos, em que Portugal voltou a conseguir impor o seu ritmo e criou algumas situações para marcar, com uma bola no poste. Uma exibição bastante positiva dos jogadores portugueses, no seu coletivo, com um resultado que eu não considero justo, mas o futebol é isto.»

«Os automatismos da equipa demoram a criar, numa equipa faz um jogo sem praticamente um treino. A preferência entre ‘4-4-2’ ou ‘4-3-3’ depende daquilo que penso dos jogadores que tenho à minha disposição para cada partida, isso é que irá influenciar a forma como jogamos. Mas nada dirá que também que não possa voltar a jogar com dois avançados na frente.»

[Ruben a jogar na posição ‘6’] «Não íamos alterar o dispositivo na zona de meio-campo, em vez de jogar ‘2-1’, queríamos um ‘1-2’. (…) A jogar com um ponta-de-lança e dois jogadores como extremos, apesar de Bernardo e Bruma entrarem bem na área, é preciso gente que chegue à área. O William pode perfeitamente fazer o papel de ‘8’, porque isso também que ver com o jogador que está ao lado dele. Dar algum equilíbrio à equipa e, ao mesmo tempo, criar condições para atacar.»