Esta segunda-feira, pelas 19 horas de Lisboa, na Arena Mordovia, em Saransk, Carlos Queiroz tem um dos jogos mais importantes da carreira. O português orienta o Irão frente à seleção portuguesa, num jogo em que só lhe interessa vencer: se o fizer, apura-se para os oitavos de final pela primeira vez, se empatar ou perder cai fora do Mundial e segue em frente Portugal.

«É um dia especial», admitiu Carlos Queiroz.

«Amanhã terei muitos amigos dos dois lados, mas como diz aquele velho ditado português, amigos, amigos, futeboladas à parte. Por isso vai ser como aquelas futeboladas que temos ao domingo com os amigos, quando a bola rola todos queremos fazer o nosso melhor e vencer. Com respeito pelo adversário, mas muita vontade de vencer.»

O selecionador iraniano tem, de resto, uma certeza: o Irão vai fazer o melhor jogo deste Mundial 2018. Se as pessoas já ficaram surpreendidas depois das exibições com Marrocos e a Espanha, podem preparar-se portanto para se voltar a surpreender.

«Frente a um grande adversário como é Portugal, o Irão só pode ser melhor», adiantou.

«Nós criámos a nossa filosofia à volta dos três R’s: Respeito, pelos adversários, Realistas, de que estamos a jogar com uma das equipas mais fortes do mundo, e Romantismo, porque temos de ter romantismo no nosso jogo, juntamente com bravura, comprometimento, espírito de sacrifício.»

Carlos Queiroz foi de resto muito elogioso com a seleção nacional, referindo várias vezes que é um dos maiores favoritos à vitória no Mundial.

«Portugal deixou de fora uma equipa com jogadores como dois jogadores do Barcelona, como são o André Gomes e o Nélson Semedo, mais Nani, Éder, Rolando, Cancelo, Rony Lopes, que foi o melhor marcador em França se tirarmos os penáltis de Neymar e Falcao. Digam-me que equipa pode deixar de fora um jogador do Inter, dois do Barcelona, um da Lázio, enfim», disse.

«Amanhã só temos uma alternativa, que é tentar sermos melhores em todos os detalhes.  Não estamos aqui para sermos perdedores simpáticos e agradáveis com os outros, viemos para competir com dignidade e para dar orgulho aos adeptos iranianos.»