Fernando Santos foi este sábado confrontado com a polémica que tem envolvido Cristiano Ronaldo, desde a acusação do fisco espanhol de fuga aos impostos, até às mais recentes notícias de que o português quer abandonar o Real Madrid desagrado com o facto de o clube não o defender.

Ora Fernando Santos não quis retirar o foco do jogo deste domingo, com o México, garantindo que não respondia a mais perguntas sobre Cristiano Ronaldo, mas antes disso fez uma defesa muito forte do capitão da Seleção Nacional.

«Conheço-o há muitos anos, fui o último treinador dele em Portugal, quando tinha 18 anos. Ponho as mãos no fogo, e isto é algo que raramente faço. Ponho as mãos no fogo pelo senhor Cristiano, pelo seu carácter e idoneidade, quer enquanto homem, quer enquanto atleta», referiu.

«Fica aqui o meu risco. Ponho as mãos no fogo pelo Cristiano, quer enquanto homem, quer enquanto atleta.»

Depois disso, e relativamente à forma como esta polémica tem atingido a preparação do próprio Ronaldo, Fernando Santos garantiu que o capitão da Seleção está muito bem, e recomenda-se.

«Tenho um pacto muito simples com os meus jogadores desde que comecei a trabalhar na Seleção. Todos sabem a minha relação muito forte com os meus jogadores e definimos algo muito simples para um bom relacionamento: tudo o que tem a ver com afetividade, tratamos fora da seleção. Por isso é que eu viajo muito e estou frequentemente com eles. Na seleção só falamos de questões físicas, técnicas e estratégicas», disse. 

«Depois, deixem-me dizer isto, é preciso de ter cuidado com as fontes, porque hoje vi muitas notícias que falam do seio da seleção e eu não ouvi nada disso lá dentro. Por isso é preciso ter cuidado com as fontes e confirmar muito bem as notícias que se escrevem.»

O selecionador nacional falava em conferência de imprensa e acrescentou ainda, relativamente a este tema, que no seio da seleção não existe um ou outro jogador, «existe um nós». «Nesta seleção há muito que substituímos o eu pelo nós. O coletivo, o espírito de grupo, está sempre acima de tudo», frisou.