Portugal não entrou da melhor maneira no Mundial de Sub-20, muito por culpa da eficácia. A seleção nacional foi melhor do que a Zâmbia durante os 90 minutos, teve mais bola e muitas oportunidades, mas desperdiçou demasiado. Ao contrário dos africanos.
 
Ganhou a Zâmbia por 2-1 com golos de Chilufya e Fashion Sakala, ambos na segunda parte. Hélder Ferreira reduziu no primeiro dos três minutos de compensação.
 
Emílio Peixe surpreendeu no onze e colocou Diogo Costa na baliza e ainda Florentino e Jorge Fernandes no onze, que se juntaram a Diogo Dalot, Rúben Dias, Yuri Ribeiro, Gedson, Xadas, Diogo Gonçalves, Zé Gomes e André Ribeiro.
 
No banco ficaram Pedro Silva, Luís Maximiano, Pedro Empis, Ferro, Pêpê, Pedro Delgado, Hélder Ferreira, Miguel Luís, Xande Silva e Bruno Costa. 
 
Xande Silva, Hélder Ferreira e Pêpê ainda entraram no segundo tempo para os lugares de Zé Gomes, André Ribeiro e Florentino.
 
 
A Zâmbia entrou bem na partida, mas deixou Portugal dominar. Com o passar do tempo a seleção nacional foi controlando em todas as zonas do terreno, jogando o seu futebol e construindo jogadas de perigo.
 
André Ribeiro e Diogo Gonçalves, apoiados sobretudo pelos laterais Yuri Ribeiro e Diogo Dalot, com Zé Gomes também em destaque, foram os autores das melhores oportunidades de Portugal... e dos desperdícios também. Mangani Banda pouco trabalho teve porque os remates saíram todos para fora.
 
Já do outro lado, Diogo Costa teve mais, ainda que a Zâmbia não tivesse chegado tanto à baliza de Portugal. Valeram-lhe os remates mais certeiros e o melhor de todos do pés de Luchanga, aos 21 minutos, que o guarda-redes do FC Porto defendeu.
 
Azar para os africanos, que ainda perderam o homem-golo da equipa antes do intervalo. Patson Daka teve de ser assistido duas vezes e acabou por sair, após um lance com Rúben Dias em que ficou a queixar-se da cara. Entrou Emannuel Banda, jogador do Esmoriz, para o seu lugar.
 
Na segunda parte, a Zâmbia voltou a entrar melhor e Portugal irreconhecível, depois de quase ter sufocado os africanos nos últimos 15 minutos da primeira metade.
 
A seleção nacional entrou a «dormir», com muita passividade na defesa e sofreu o primeiro golo, após insistência dos africanos. Fashion Sakala foi o primeiro a tentar, Mwepu também ainda viu Diogo Costa defender com a mão direita, quando parecia ser impossível, mas na recarga Chilufya não falhou e fez o 1-0 ao segundo poste.
 
Colocou-se a Zâmbia na frente do marcador muito cedo e quando Emílio Peixe preparava a primeira alteração. Saia Zé Gomes, que até tinha estado bem, para dar lugar a Xande Silva, que também entrou bem. Portugal conseguiu por isso responder da melhor maneira, continuando a jogar com tranquilidade, mas continuou a pecar na finalização.
 
Gedson Fernandes e André Ribeiro bem tentaram o empate, mas sem sucesso. E Peixe voltou a mexer: surpreendentemente tirou o jogador do Zurique e fez entrar Hélder Ferreira. Mas foi o mesmo Diogo Gonçalves que continuou a falhar à frente da baliza. Sucederam-se oportunidades no chão e pelo ar... tudo ao lado.
 
A espaços, a Zâmbia ia chegando com velocidade ao outro lado e conseguiu mesmo o 2-0 quando Peixe já tinha feito entrar Pêpê para o lugar de Florentino. Minuto 76, Fashion Sakala entrou na área pelo lado esquerdo, levou a melhor sobre Rúben Dias e não perdoou, coroando uma boa exibição individual.
 
Portugal foi abaixo com o 2-0 e entrou em desespero, mas ainda conseguiu reduzir. Foi já aos 90+1 minutos e depois de 20 remates. Hélder Ferreira foi o autor do tento português, que não foi suficiente para pelo menos pontuar, e dar justiça ao resultado.
 
Infelicidade portuguesa, resultado injusto. Segue-se a Costa Rica na próxima quarta-feira.