Sem sobressaltos. Assim se faz a caminhada dos sub-21 portugueses rumo ao Europeu de 2017. Depois da pesada goleada que inflingiu à Albânia, a formação lusa recebeu e venceu por 2-0 uma seleção húngara bem mais sólida do que o adversário anterior.
 
Portugal assumiu desde início a inciativa atacante do jogo, mas não foi pera doce passar pelo compacto meio campo húngaro. Bruma e Iuri Medeiros foram conseguindo, a espaços, pelos flancos, Rony Lopes pelo centro do terreno, mas Gonçalo foi chegando constantemente atrasado no momento do remate, e a defesa adversária lá foi resolvendo.
 
Do outro lado, a Hungria apostava no contra-ataque rápido, sobretudo por Kleinheisler, Varga e Novothny, mas a defesa portuguesa construiu uma verdadeira parede, o que levou a que Bruno Varela pouco tivesse sido incomodado.
 
O primeiro a criar perigo foi Bruno Fernandes, através de um pontapé livre que levava selo de de golo, mas Nagy mostrou o que vale e esticou-se todo, foi ao cantinho da baliza, e impediu o golo. Havia de ser o capitão da seleção portuguesa a abrir mesmo o marcador, aos 35 minutos, através de uma bomba, de fora da área, que Nagy mal viu, quanto mais poder defender.
 
Ainda antes do intervalo, Bruma teve no pés o segundo, mas Nagy, com uma enorme defesa, negou-lhe o golo.
 
A segunda parte começou com Kleinheisler e Sallai, acabado de entrar, a testarem a resistência da defesa portuguesa, mas sem sucesso. Logo a seguir, numa grande jogada coletiva, Portugal aumentou a vantagem. O lance nasce com um belo trabalho de Rony Lopes, que jogou com Bruma, e este a picar a bola para Rafa, que colocou depois para a entrada de Gonçalo Paciência. Desta vez o avançado não chegou atrasado e, junto à baliza, empurrou para o 2-0.
 
Rui Jorge foi mexendo na equipa e fez entrar um esfomeado Ricardo Horta, que, mal entrou, procurou o terceiro. Numa excelente jogada individual, chegou junto à baliza, mesmo depois de ter sido importunado pelos defesas, e rematou, mas Nagy voltou a não permitir o golo. Minutos depois, atirou ao poste.
 
Gonçalo Guedes, que entrou entretanto, também podia ter feito mexer o marcador, mas o remate saiu mal.
 
Os minutos finais foram ditados pelo lema: aguentar a vantagem. A Hungria assumiu a posse de bola e procurou o golo, mas sem grandes argumentos além da vontade.
 
O marcador não viria a mexer e Portugal soma agora seis pontos em dois jogos desta fase de qualificação, assumindo-se como líder do grupo, com mais dois pontos do que Israel e Albânia, que até já jogou três encontros.
 
Na próxima terça-feira, Portugal volta a jogar, desta vez na Grécia, mas o caminho, para já, vai-se fazendo sem sobressaltos.