* Por Tomás Brito

A FIGURA: Bruno Fernandes

Não que seja algo de espantar, mas Bruno faz mais um grande jogo. É a figura do encontro, não só devido ao golo que marcou e que serviu para desbloquear o jogo, mas por todo o papel no meio-campo de Portugal. Não desiste de nenhuma bola e encontra sempre colegas a quem servir, devendo-se muito a ele o bom momento de Portugal. Ao longo do encontro teve diversas oportunidades de golo para aumentar a sua conta pessoal.

O MOMENTO: golo de Bruno Fernandes

Surgiu numa altura em que a Islândia estava a resistir defensivamente e ajudou a desbloquear o jogo. Com assistência de Bernardo Silva, num toque habilidoso de calcanhar, Bruno Fernandes rematou de meia distância e colocou a bola no fundo das redes da baliza islandesa.

OUTROS DESTAQUES

João Félix

Fez uma partida de excelência, ficando só a faltar o golo. Portugal atacou maioritariamente pelo lado esquerdo, com Félix a ter um papel preponderante, sempre com iniciativas perigosas e combinações com os colegas. Até em trabalho defensivo esteve presente, mostrando-se atento ao roubar a bola em carrinho a um adversário, aos 45 minutos. Ao ser substituído, foi ovacionado pelo Estádio José Alvalade.

Bernardo Silva

Não há como negar a qualidade de Bernardo, sempre exímio nos passes, mas também com oportunidades de golo. Fez assistência de calcanhar para o primeiro golo e tem uma dinâmica com Bruno Fernandes muito influente na ação ofensiva. Peça chave na equipa de Roberto Martínez.

João Mário

Estreou-se como titular na Seleção Nacional e mostrou-se à altura do desafio, não apresentando receio algum. O lateral arriscou e mostrou-se audaz, concretizando cruzamentos e passes de progressão no ataque português. Defensivamente não teve de fazer muito, mas quando foi chamado a agir cumpriu o esperado. A mostrar a Roberto Martínez que pode ser uma opção para o Euro 2024. Saiu ao minuto 63 para dar lugar a Raphaël Guerreiro.

João Cancelo

Fez mais um jogo muito consistente, ofensivamente muito forte e esteve presente na maioria das investidas portuguesas. Os adversários tiveram dificuldades para conter o lateral português, que várias vezes só foi parado em falta. As combinações com João Félix, colega no Barcelona, são cruciais para a equipa de Roberto Martínez.

Ricardo Horta

Lançado por Roberto Martínez aos 63 minutos, entrou para agitar o jogo e marcou três minutos depois, selando o resultado e permitindo a Portugal uma maior segurança no resto do encontro. Desempenhou o papel de ‘suplente de luxo’.

Sigurdsson

Foi o jogador da Islândia que mais perigo causou a Portugal, com dois remates na primeira parte a terem de obrigar Diogo Costa a agir. Se tivesse sido mais feliz, talvez o resultado fosse outro.