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Fernando Santos considera que o jogo desta sexta-feira, frente à Arábia Saudita, em Viseu, é para levar a sério, apesar da juventude na convocatória e do carácter solidário do jogo, cujas receitas vão reverter para apoiar as vítimas dos incêndios que assolaram Portugal, e particularmente a região de Viseu, nos últimos meses.

O selecionador explica que é a única forma da seleção encarar os jogos, quer sejam particulares, de preparação ou oficiais. Portugal joga sempre para ganhar. «Portugal ganhou à Argentina e à Itália e nunca tinha ganho. Desde sempre temos um lema na nossa equipa, para nós não há jogos mais importantes, nem menos importantes, não há equipas médias e mais difíceis. Consideramos todos os adversários, não nos interessa muito o nome, tentamos é vencer. Sempre que entramos em campo, atrás de nós está uma bandeira, um país», começou por destacar o selecionador em conferência de imprensa no Estádio do Fontelo.

 Um jogo que, apesar de tudo, terá um carácter solidário. «O povo também está unido nisto, é extremamente solidário nestas matérias. Já sei que Viseu está esgotado e espero que em Leiria também seja assim. É mais uma obrigação para nós, a equipa portuguesa tem sempre responsabilidades. Com os jogadores que convoquei, tenho a fortíssima certeza que amanhã os meus jogadores vão fazer tudo para ganhar o jogo», acrescentou.

O facto de o jogo ser disputado em Viseu, uma das zonas mais afectados pelos incêndios no passado mês de outubro, torna-o diferente e ao mesmo tempo especial. Pelo carácter solidário é um jogo especial, mas quando a bola começar a rolar no Fontelo, será, nas palavras de Fernando Santos, esses pensamentos vão ficar de parte e os seus jogadores vão-se focar apenas em realizar um bom jogo.

«Nesse sentido é mais um jogo. Acredito que o país vai corresponder bem ao apelo que fizemos. Depois do jogo começar, é mais um. A partir desse momento não há mais esse pensamento. Os jogadores tem de estar altamente concentrados no jogo. O jogo é importante para analisarmos o adversário, que pode calhar-nos na fase de grupo. Normalmente não defrontamos este tipo de adversários por estarem noutro continente. É importante ver como estas equipas se desenvolvem e depois tentar aproveitar isso no Mundial2018. A partir do momento em que der a palestra, os jogadores vão-se concentrar no jogo. Vai ser difícil. Tive a oportunidade de ver a Arábia Saudita jogar e tem jogadores muito rápidos, tecnicamente evoluídos. Acredito ser um bom teste», frisou.