Os atentados desta manhã em Bruxelas poderão colocar em causa a realização do particular entre a Bélgica e Portugal marcado para a próxima terça-feira na capital belga.

Até ao momento não é certo que esse encontro se realize, até porque na sequência dos ataques de Paris, em novembro passado, também vários jogos de seleções foram cancelados.

Ainda assim, à margem do Fórum de Treinadores, que decorre em Setúbal, José Neto, Mestre em psicologia desportiva, afirmou que caso a partida se jogue os jogadores têm de ser preparados de modo a olhar para a adversidade.

«A Federação Portuguesa de Futebol tomou uma boa decisão em analisar a situação, mas se for dada a ordem para jogar, há que ir olhando para a adversidade como máximo padrão para a conquista dos objetivos.»

«Coisas desta natureza mexem sempre com os jogadores, mas não podemos ter como resposta a fuga. A fuga à intempérie dá origem a uma certa incapacidade para a resolução dos problemas», sublinhou, acrescentando: «Os jogadores têm de ser trabalhados, isto pode mexer com eles, mas as questões não são lineares. Há estratégias de organização processual em relação ao pensamento que têm de ser modeladas: comportamentos de ação, segurança efetiva, visualização mental de situações de sucesso, eliminações de focos de desistência, uma série de dados, mas a fuga não é o melhor remédio. Os jogadores têm de ser heróis.»