Hélder Ferreira, internacional sub-20 do Vitória de Guimarães, admitiu esta quinta-feira que ficou surpreendido por ter sido incluído no grupo que está na Coreia do Sul para disputar o Campeonato do Mundo da categoria que tem início marcado para o próximo sábado.

Depois de mais um dia de trabalho na ilha de Jeju, tendo em vista a estreia frente à Zâmbia, prevista para domingo, o avançado recorda como teve conhecimento da sua chamada, já depois de anunciada a convocatória, para render o lesionado Aurélio Buta. O internacional lembra que estava em casa a descansar, depois de mais um treino do Vitória e o telefone tocou. «Não atendi à primeira porque o número era desconhecido, mas depois pensei que o melhor era atender. Do outro lado estava o mister Peixe, que queria falar comigo», recorda.

Não era propriamente falar, mas sim comunicar-lhe oficialmente que estava convocado para o Campeonato do Mundo. Uma oportunidade única que Hélder Ferreira não pensou duas vezes em abraçar. «Disse logo que estava disponível para o que fosse preciso, embora sem acreditar bem no que me estava acontecer. «Na manhã seguinte ainda acordei e pensei que estava a sonhar, mas não! Era mesmo real. Foi uma ótima notícia», admitiu.

As portas do Mundial estavam abertas a um jogador que somou a décima internacionalização no encontro de preparação desta segunda-feira, frente aos EUA (vitória portuguesa por 2-1) e o jovem internacional já se mostra completamente alinhado com os objetivos principais da equipa nacional no torneio que decorrerá em solo sul-coreano entre os dias 20 de maio e 11 de junho. «Primeiro, queremos passar a fase de grupos e depois vamos passo a passo, entrando em cada jogo como se fosse uma final», referiu.

Com doze anos de ligação ao Vitória, apenas com uma breve passagem pelo Benfica pelo meio, o avançado chegou ao ponto mais alto da carreira pela seleção. No entanto, há outro grande momento que Hélder Ferreira gosta de recordar. «O meu primeiro golo ao serviço da seleção foi num jogo particular frente à Inglaterra, em março. Estávamos a perder 1-2 e marquei já no tempo de compensação. Correspondi bem a um cruzamento ao segundo poste e foi uma grande alegria», admitiu.

Fã assumido de tatuagens [tem várias, muitas delas no braço esquerdo], Hélder Ferreira admite ainda ter o sonho de «fazer uma em homenagem a este Mundial».